DIA 15 - É TEMPO DE ESPERANÇA

LIBERDADE E RESPEITO MÚTUO
Publicado em 14/04/2020

LIBERDADE E RESPEITO MÚTUO

Felipe Nunes

 

Texto Bíblico

“Por causa do Senhor, submetam-se a todas as autoridades humanas, seja o rei como autoridade máxima, sejam os oficiais nomeados e enviados por ele para castigar os que fazem o mal e honrar os que fazem o bem. É da vontade de Deus que, pela prática do bem, vocês calem os ignorantes que os acusam falsamente. Pois vocês são livres e, no entanto, são escravos de Deus; não usem sua liberdade como desculpa para fazer o mal. Tratem todos com respeito e amem seus irmãos em Cristo. Temam a Deus e respeitem o rei.” (1Pedro 2.13-17 NVT)

 

Meditação

Pedro continua sua exposição e, nesse trecho, trata da submissão às autoridades. Um tema por vezes mal compreendido na história da igreja e nos dias atuais. Com essa citação e as de outros apóstolos, em especial Paulo, alguns tendem a achar que eles pregavam obediência cega às autoridades, outros os apresentam como o protótipo ideal de revolucionários. E, com certeza, a resposta não está em nenhum desses extremos.

Quando a Bíblia é usada para a compreensão de questões ou posições políticas, o reducionismo sempre atrapalhará o entendimento correto do que o autor original estava escrevendo. Considerar os apóstolos comprometidos com uma engrenagem submissa ao regime vigente, tanto quanto os colocar como anti-imperialistas revolucionários, não podem ser considerados argumentos honestos.

Quando Pedro cita a submissão, não está focando em desenvolver uma política única e absoluta. Pedro está focando no fazer o bem, na procura pela justiça e no viver de maneira digna do evangelho, mesmo que isso produza prejuízos e sofrimentos, pois, mesmo nesses sofrimentos a Igreja testemunha de Cristo e glorifica a Deus.

O exemplo de Paulo ajuda na compreensão de: “proclamando corajosamente o reino de Deus e ensinando a respeito do Senhor Jesus Cristo sem restrição alguma.” (Atos 28.31). Porém, esse mesmo Paulo, no final de sua vida, escreve de uma prisão domiciliar, limitado pelas autoridades da época, mas nunca deixando de anunciar o evangelho.

Como a ênfase do texto é fazer o bem e junto a isso testemunhar e temer a Deus, essas considerações levam a Igreja ao testemunho que implica compromisso com a causa correta e não com meras ideologias. A prática do bem transcende normas comuns e vigentes. Assim sendo, o cidadão cristão é livre para a prática do bem porque é “escravo de Deus”, e não de um movimento político.

A comunidade cristã, como testemunho vivo de Cristo, leva a sério sua cidadania neste mundo não compactuando com a injustiça e nem com a contravenção social. Antes, faz o bem, testemunha a verdadeira justiça e apoia causas justas.

Por fim, em um mundo onde ganhar as discussões vale mais do que a compreensão correta sobre os fatos, a Igreja está preocupada em fazer o bem e testemunhar de Cristo, tendo a ótima oportunidade de ser uma voz justa e equilibrada na realidade em que vivemos.

 

Leia também

Provérbios 8.15-16; Atos 5.29; 1Timóteo 2.1-2; Salmos 33.12; Mateus 22.17-21; Filipenses 3.20

 

Sugestões para Discussão em Grupo

  • Como a Igreja pode ser testemunha de Cristo em um mundo tão polarizado?
  • Diante da pandemia vivida, como a Igreja pode exercer o bem e testemunhar de Cristo?
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Sugestão de Oração

“Senhor, ensina-nos a não compactuar com a injustiça e a orarmos pelos nossos governantes, sabendo que eles só ocupam esses postos porque tu permitiste. E, em meio a um mundo tão confuso politicamente, ensina-nos a viver a verdadeira cidadania, comprometidos contigo e usando de nossa cidadania para exercer a prática do bem.”

Revisão 12/04/2021

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