DIA 19 - É TEMPO DE ESPERANÇA

POR QUE AMAR OS INIMIGOS?
Publicado em 12/05/2020

POR QUE AMAR OS INIMIGOS?

Wilson Avilla

 

Texto Bíblico

Por fim, tenham todos o mesmo modo de pensar. Sejam cheios de compaixão uns pelos outros. Amem uns aos outros como irmãos. Mostrem misericórdia e humildade. Não retribuam mal por mal, nem insulto com insulto. Ao contrário, retribuam com uma bênção. Foi para isso que vocês foram chamados, e a bênção lhes será concedida.
Pois, ‘Se quiser desfrutar a vida e ver muitos dias felizes, refreie a língua de falar maldades e os lábios de dizerem mentiras. Afaste-se do mal e faça o bem; busque a paz e esforce-se para mantê-la. Os olhos do Senhor estão sobre os justos, e seus ouvidos, abertos para suas orações. O Senhor, porém, volta o rosto contra os que praticam o mal’.”
(1Pedro 3.8-12 NVT)

 

Meditação

Em tempos de crise os apelos à unidade pelo bem de todos são bastante comuns. Porém, usando uma expressão conhecida, na prática a teoria é outra. Isso ocorre porque simplesmente temos grande dificuldade em ir além das conveniências pessoais, o que inclui o dever de amar os inimigos, um dos “pontos incômodos” dos ensinos de Cristo. É, no mínimo, inquietante observar que essa “obrigação” consta das exortações a pessoas que estão sofrendo toda sorte de violência em razão da fé. O apóstolo Pedro, baseado nas Escrituras (Salmos 34.12-16), não ignora as circunstâncias dos seus leitores. Exatamente por isso ele deixa claro que os cristãos devem se envolver emocionalmente uns com os outros; o que implica harmonizar diferenças (e não necessariamente eliminá-las), compartilhar sofrimentos, viver fraternalmente, exercer compaixão e priorizar interesses de outros, como expressões de identificação com Cristo.

É bem verdade que as dores das desavenças sem solução, ofensas sofridas, perdas, vão endurecendo o coração e sempre nos levam a perguntar: Por que devemos amar quem não nos ama? Jesus seria mesmo capaz de propor algo tão “injusto”? Simples, o modus operandi desse amor é caracterizado por um coração obstinado por vencer o mal com o bem, em resistência pacífica aos desmandos, e uma disposição sobrenatural para perdoar. Sem essas condições não é possível obedecer ao que Jesus determinou. O perdão torna o coração desimpedido para orar. E a oração pelo bem-estar de alguém é talvez a mais eloquente manifestação de amor. Jesus possivelmente orou por seus algozes não apenas em um momento, ou em uma prece curta como a que fazemos antes da refeição. O estudo mais aprofundado do texto sugere que ele se manteve em oração, repetindo sua súplica: “Pai, perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem.” Isso cria uma referência para nós, seus discípulos, de elevado nível espiritual. Hodge afirmou: “Se a cruel tortura da crucificação não pôde silenciar a oração de nosso Senhor por seus inimigos, por que a dor, o orgulho, preconceito ou preguiça poderiam justificar o silenciamento das nossas?”

Está mais do que provado que o elevado padrão de Deus para a vida é o amor. Não há como negar que a nova justiça do Reino é caracterizada por paradigmas que emanam de corações transformados pelo amor de Deus. A razão maior para amar o inimigo deriva do amor que Deus demonstrou por todos quando eram inimigos seus. Jesus morreu de forma injusta e cruel por quem o teve por adversário, gente como eu e você, que tem facilidade para amar quem nos ama, mas que resiste com indagações e racionalizações a amar quem não nos quer bem.

 

Leia também

Salmos 34.12-16; Mateus 5.9; Lucas 23.34; Romanos 5.10; 12.9-18; 1Coríntios 4.12; Gálatas 6.2; Filipenses 2.3-4; 1Tessalonicenses 5.15; 1Pedro 2.21-23;

 

Sugestões para Discussão em Grupo

  • Temos por hábito incluir em nossas orações pessoas que não nos amam?
  • Que tipo de racionalizações usamos como justificativas para não amar?
  • Que iniciativa podemos tomar para nos adequarmos ao padrão divino de amor?

 

Sugestão de Oração

“Senhor, confesso minha falta de disposição para amar quem eu não tolero. Peço perdão por isso! Ajuda-me a ter um coração quebrantado pelo simples fato de que fui amado quando eu era teu inimigo. Oro confiando na graça demonstrada na cruz, e no nome de quem morreu por mim! Amém!”

Revisado 12/04/2021

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