N.04 - A VIDA QUE A GENTE QUER CANTAR

N.04 - A VIDA QUE A GENTE QUER CANTAR
 

 

Texto Bíblico: Lucas 1:29-56


Meditação

Maria era mesmo uma menina com ‘boa cabeça’. Receber uma visita angelical, com o anúncio de um privilégio inimaginável, já seria motivo para uma vaidade até justificável, do ponto de vista humano. Ainda mais com todos os títulos que estavam sobre o menino que dela nasceria, cujo nome fora dado pelo próprio Deus. Diferentemente de Zacarias, Maria não pediu qualquer sinal, e apesar do temor, teve presença de espírito para perguntar como tudo se daria. Gabriel então deu ‘uma aula’ sobre como pelo Espírito Deus ser tornaria homem.

Lutero afirmou que houve três milagres na Natividade: Deus se fez homem, Maria creu, e uma virgem concebeu.

A atitude submissa diante da vontade divina teve paralelos com a de Ana, e revelou uma disposição tranquila para enfrentar o ‘ônus da bênção’ – críticas, maledicência e discriminações.

Depois de tantas ‘novidades’, era natural que Maria buscasse alguém da família para compartilhar suas alegrias e expectativas, o que fez ao visitar Isabel. A efusividade do encontro foi expressa por João Batista em sua ‘dança no ventre’. E Maria, muito provavelmente no auge de sua alegria, cantou. Sua visão melódica da vida apresentou ao mundo uma poesia de profundo amor a Deus e às Escrituras (haja vista as citações). Poderia ter cantado de forma subjetiva, pensando em si, mas não o fez. Como era comum na cultura oriental, pensou no seu povo, que seria finalmente abençoado com o que os profetas haviam anunciado. 

Cantou e exaltou a perfeição do Senhor. Aliás, o termo ‘Magnificat’ (título dado ao ‘cântico de Maria) traduz a ideia de exaltação, glorificação. A esperança dela estava nEle e Suas promessas, e não em sua própria capacidade de ser aceitável diante do Eterno.

Cantou a humildade de sua condição. Alguém sem fama, poder, riquezas, de um lugar modesto, que fez de sua canção um emblema para os desfavorecidos. (Vale lembrar que no mundo antigo era bem aceito que os ricos fossem bem cuidados, enquanto os pobres passavam fome).

Cantou a justiça presente na destruição dos poderes e autoridades estabelecidas em injustiça, como num movimento de clímax na história da salvação. 

Cantou a misericórdia do Deus grandioso, que conjuga poder e santidade, amor leal, com fidelidade às promessas da aliança, e julgamento. 

E, por fim, cantou sua bem-aventurança, que um dia lhe seria desventura, de espada que perfuraria seu coração, vendo seu filho crucificado.

Tudo isso soa muito poético, teológico, artístico, ou distante da vida comum? Definitivamente, não.

Não é coisa de artista, mas de quem contempla Deus, e canta e se encanta com o que vê. Coisas da vida que a gente quer cantar, que tem Deus como tema principal e como cadência final.

 

Para ler também:
Gênesis 30:13; 1 Samuel 1:11; Salmos 89:13; 118:16; Isaías 41:89; 42:1; 44:21; Sofonias 3:17


Sugestões para Discussão em Grupo

  • Que tipo de visão de mundo, e de Deus, nossas expressões (artísticas ou não) manifestam?

  • Quando somos abençoados pensamos em nós mesmos, ou no favor de Deus sobre outros?


Sugestão de Oração
“Senhor Deus, pedimos a inspiração do Espírito para vivermos o dia a dia encantados com Teu amor. Que a nossa boca se abra (como a de Maria) para expressar toda a alegria da vida que queremos cantar, em Cristo! Amém!"

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