N.01 - A HISTÓRIA QUE A GENTE QUER CONTAR

N.01 - A HISTÓRIA QUE A GENTE QUER CONTAR
 

Texto Bíblico: Lucas 1:1-4

Meditação

Por que gostamos tanto de histórias? 

Não é simples explicar, mas no tempo em que Jesus viveu como ser humano, contar histórias era algo tão elaborado quanto as produções cinematográficas modernas, que o diga o Evangelho de Lucas. Propondo contar a Teófilo¹, a história de Jesus, o evangelista fez disso um empreendimento intelectual de grande envergadura, com o propósito de evidenciar a identidade do Filho de Deus, seu poder sobrenatural, e sua mensagem do Reino para todas as nações.

Lucas tinha uma visão sobre o que queria relatar, que não era de simples execução, dada a profusão de registros fragmentados de tantos eventos protagonizados por Jesus.

Certamente, um de seus primeiros desafios era entender como se formou a devoção a Cristo na igreja primitiva. Mas o desafio foi vencido, a julgar por sua expressão logo nas primeiras linhas de seus escritos, que denota uma prática consolidada, totalmente estabelecida. Sobre isso então o Espírito Santo lhe inspirou a escrever. Era incontroverso que, Jesus havia se apresentado como Filho de Deus, e Messias; que havia realizado sinais e maravilhas, em nome de Deus; que morrera e ressuscitara, recebendo uma nova forma gloriosa de existência. Além disso, pessoas tiveram suas vidas transformadas pelo poder sobrenatural de Sua Palavra, e manifestaram esse mesmo poder. Não há como negar ainda que o Espírito Santo se tornou a força que liderava a igreja, uma nova comunidade que mostrava na prática um novo conceito de justiça e amor, graças ao Evangelho.

Expondo tudo isso, de maneira organizada, Lucas queria fortalecer a fé de Teófilo em Cristo. Mas nenhuma crença se torna robusta sem que se tenha uma clara percepção da relação entre o que se vê e o que não se vê, segundo os propósitos de Deus.

E o tempo em que vivemos, de tantos pluralismos, apresenta dificuldades que levam muitos, por vezes, a sucumbir diante das dúvidas, e das tendências seculares. Stott sugeriu que em face delas somos chamados a um inconformismo radical, sendo uma comunidade de verdade, declarando a singularidade de Cristo; vivendo com simplicidade, diante do materialismo; obedecendo, mesmo com todo o relativismo; e vivendo em amor, como resposta ao narcisismo².

Nada disso poderá ser contado, como uma história verdadeira, se não houver uma confiança ativa, como ensina Bridges. Ou seja, confiar não é um estado passivo da mente. Representa um ato vigoroso da alma pelo qual escolhemos nos apropriar das promessas de Deus e nelas nos agarrar, apesar da adversidade que, no momento, parece nos dominar³.

A história que a gente quer contar, tem tudo a ver com a que Lucas contou, e implica em inconformismo radical, e também em apropriação das promessas de Deus. Que seja esta a base do nosso enredo.

 

Para ler também
Êxodo 20:1-17; Atos 10:39-42; 1 Coríntios 11:23; 52 Timóteo 3:16; 2 Pedro 1:21

Sugestões para Discussão em Grupo

  • O que sabemos da história de Cristo?
  • Temos dúvidas sobre ela? 
  • Já investigamos sobre cada uma delas?
  • À luz da iniciativa de Lucas, como podemos fortalecer nossa fé, e mudar a nossa história?


Sugestão de Oração
“Senhor Deus, obrigado por revelar Cristo por meio da história. Agradecemos também por nos fazer entender que nossa história pode ter outro sentido, graças ao que Ele cumpriu como parte dos Teus planos para a restauração de todas as coisas. Fortalece nossa fé, por mais desafiador que isso seja! Pedimos em nome de quem mudou a história! Amém!"

 

¹Possivelmente um tribuno romano, ou alguém de grande influência na sociedade grega, não se sabe ao certo
 ²STOTT 2011, 20
 ³BRIDGES, 2013, p. 243

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