N.07 - O BEBÊ QUE MUDOU A HISTÓRIA
Texto Bíblico: Lucas 2:1-7
Meditação
A maioria das pessoas acha estranho falar sobre o nascimento de Cristo em outro mês que não dezembro. Estranho mesmo é que Deus tenha resolvido mudar a história na forma mais inusitada, fazendo seu filho nascer criança entre nós, seja lá em que data exatamente isso tenha acontecido (5 de abril talvez seja a data mais aproximada, dizem alguns estudiosos).
A narrativa do nascimento de Jesus, pela ótica de Lucas, tem uma preocupação de completude em sua abordagem, enfatizando o contexto profético, político, histórico e cósmico, para que o que Deus estava (e continua) fazendo seja reconhecido em cada detalhe.
As referências ao contexto da época têm sempre uma intenção de mostrar a superioridade de Cristo. A menção do imperador Augusto tem claro objetivo de contrapor o título que era dado a ele (e seu outro nome, Caio Otávio) – ‘o salvador divino que trouxe a paz ao mundo’ – ao Salvador verdadeiro.
A realização do recenseamento também evidencia a expressão de poderio político, para todo o império. Nenhum poder humano, no entanto, está fora do alcance da soberania divina. É sugestivo o relato sobre o decreto romano e sua estrita conexão com os decretos divinos que culminaram com o nascimento de Jesus. Além disso, o fato de José ir a Belém, numa difícil e longa viagem para alguém na condição de sua esposa, tinha em vista alguns critérios de ordem patrimonial, relacionados à sua ancestralidade.
Em meio a esse intrincado contexto nasce o bebê que mudaria a história. Em mais um contraste descritivo, Lucas relata a chegada do Rei, do Filho de Davi, em um local absolutamente humilde. Não um comedouro de animais, como a tradição tem contado, mas em um cômodo simples, de uma casa provavelmente lotada de pessoas da família. A conhecida expressão ‘não há lugar para ele’ pode não ser totalmente correta. No contexto de sua família, Jesus muito provavelmente recebeu o melhor tratamento possível em face das circunstâncias. Mas é certo que não havia lugar para ele no mundo. A cruz é prova disso.
Todas as referências anteriores ao bebê que mudaria o mundo não diziam respeito apenas aos títulos, mas principalmente às suas características únicas: sua natureza divina e humana, sua descendência, o tempo de sua aparição, o local de seu nascimento, a virgindade de sua mãe, o precursor de seu caminho, a cena de seu ministério, os milagres que credenciariam sua missão, seus sofrimentos e morte, sua ressureição, sua ascensão, lugar à direita do Pai, a efusão do Espírito, e a segunda vinda em julgamento. Ele mudou a história com definitivas demonstrações de um poder que o mundo desconhece, de aparente fraqueza, mas de força e vitória para toda a eternidade.
Para ler também: Miquéias 5:2; João 15:18
Sugestões para Discussão em Grupo
Que contrastes marcaram a chegada de Cristo ao mundo?
Que poderes deste mundo serão vencidos em definitivo por Cristo?
Como podemos entender a fraqueza do Evangelho, e o poder de Cristo, mencionados pelo apóstolo Paulo?
Como essa fraqueza e poder se aplicam às nossas vidas?
Sugestão de Oração
“Deus Poderoso, somos incapazes de entender plenamente toda a glória e força demonstrada por Cristo em sua encarnação, aparentemente de tanta fraqueza. Que o Teu Espírito, a cada dia, revele em nossas vidas as evidências do poder de Cristo em nós, apesar de nossas debilidades. Oramos em nome dEle! Amém!”
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