N.27 - QUEM PRECISA DE MÉDICO?

N.27 - QUEM PRECISA DE MÉDICO?
 

Texto Bíblico: Lucas 5.27-32


Meditação

Lucas fez questão de apresentar Jesus como o Messias que concedia graça divina a pessoas nas mais variadas situações. Um endemoninhado, um leproso, um paralítico, e, até mesmo um cobrador de impostos são exemplos. Ou seja, não somente os que sofriam de males físicos precisavam de cura, mas também os que eram afligidos e dominados por males sociais e materialismo.

Após curar o paralítico que foi descido pelo teto, Jesus saiu da cidade e encontrou um agente do governo romano, em sua atividade tributária, Levi (Mateus). Parecia provocação aos fariseus e mestres da lei, mas não era. O Mestre realmente exercia sua vocação de anunciar o Reino a todo tipo de pessoa (“gente que não é tão boa quanto a gente”). A atitude de Jesus sempre contrastava com a dos líderes religiosos de sua época, já que acolhia pecadores, para chama-los ao arrependimento e segui-Lo.

Levi fazia parte de uma categoria desprezada e odiada pelos judeus, os publicanos, que cobravam do seu próprio povo, com extorsão em geral, a serviço dos romanos. O Talmud os execrava. Qualquer judeu religioso da época não toleraria esse tipo de serviço, muito menos a aproximação de Jesus com quem o fizesse.

Surpreendentemente, Levi deixou tudo para atender ao mais improvável dos convites, mostrando aos leitores de Lucas que o discipulado exige ruptura e sacrifícios, mas os resultados não podem ser contados numericamente. Um conhecido teólogo sugere que Levi estava cansado de coletar impostos de uma população relutante e explorada, e feliz por seguir aquele que veio para aliviar os encargos em vez de coloca-los, alguém que veio propiciar remissão de dívidas, em vez de exigi-las com rigor.

A decisão foi celebrada em festa com amigos. Na cultura do Oriente Médio antigo compartilhar uma refeição significava partilhar vida. Enquanto seus oponentes resmungavam pelas possibilidades de contaminação cerimonial, Jesus comia e bebia com os que se alegravam com sua proposta de vida.

Nesse contexto, ao ser arguido por sua comunhão com ‘gente indigna’, o Filho de Deus usou um provérbio para definir mais uma vez sua missão – ‘os são não necessitam de médico’. E acrescentou: ‘não vim para chamar os justos, mas sim os pecadores para que se arrependam’. Alguns enxergam ironia no uso da palavra ‘justo’, e com razão, já que todos sabemos que não há ninguém verdadeiramente justo por suas próprias capacidades. Ou, em outro sentido, não há ninguém totalmente são.

Os perfeitos, os autossuficientes, os ‘todo poderosos’, os arrogantes, os saudáveis, não precisam da justiça de Deus. Mas os que reconhecem sua ‘doença’, seu pecado, sua necessidade da justiça plena, esses sim são curados pelo médico dos médicos. E isso responde à pergunta inicial. Vale lembrar que partilharemos a eternidade não com gente ‘perfeita’ aos nossos olhos, mas com quem se arrependeu de seus pecados.

 

Leia também: Lucas 19:10


Sugestões para Discussão em Grupo

  • Quão frequentemente nos comparamos a outros para nos sentirmos melhores ou piores?Que resultados essas comparações promovem em nós?

  • Somos sensíveis ao convite de Jesus para nos arrependermos de nossas más condutas e segui-Lo, a despeito de outros?


Sugestão de Oração

“Senhor, perdoa-nos quando nos comparamos a outros para declarar nossa própria justiça e pretensa superioridade. Ajuda-nos a reconhecer nossa necessidade de cura completa em Cristo, e olhar para todos os outros com a mesma graça que Ele demonstrou por nós. Em nome do médico dos médicos oramos! Amém!”

Compartilhe em suas redes sociais

Endereço

Celebração aos domingos: Rua Dr. Bacelar, 1043 - Vila Clementino - São Paulo, SP

Entre em Contato

(11) 5090-0447

cbmoema@cbmoema.com.br

Política de privacidade

Formulário de Direito dos Titulares

Siga-nos

© CBMOEMA ® 2024. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.