N.29 - A VIDA QUE A GENTE DEVE VIVER

N.29 - A VIDA QUE A GENTE DEVE VIVER
 

Texto Bíblico: Lucas 6.1-5
 

Meditação

O Código Penal é a causa de todos os crimes!
MILLÔR FERNANDES

O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado.
JESUS (Marcos 2.27)

Não dá para deixar de rir com a provocação de Millôr, uma vez que a ideia anárquica de que “não houvesse leis não haveria crimes” é simplesmente uma grande piada. Um erro não deixa de ser um erro por não haver um enunciado registrado em papel e tinta descrevendo-o como tal. O que é correto e o que é errado são definidos por um código muito mais elevado, nobre, atemporal, imutável, expressão das perfeições de Deus e por Ele impresso no coração de cada ser humano, desde sua concepção, como expressão da Sua santidade e vontade (Romanos 2.14-16).

Por outro lado, quando a lei (mesmo a boa) é despojada de sua natureza intrinsicamente instrumental para ser revestida de caráter finalístico, o que se tem é nada menos que autoritarismo. Jesus mesmo apresentou didaticamente o perigo desses dois vieses fraturados, alienados da graça de Deus, na parábola do Filho Pródigo (Lucas 15), onde o filho mais novo representa, a princípio, a vida escravizada pela licenciosidade, vivida sem regras ou limites, enquanto o mais velho, a vida escravizada pelo legalismo, vivida de forma inflexível sob a rigidez da norma.

O problema do autoritarismo é que, via de regra, descamba no totalitarismo. A censura dos fariseus a Jesus e aos discípulos sobre “trabalhar” no sábado (para comer, é bom lembrar) já tinha essa pegada autoritária / totalitária. O que importava ali não era a dignidade de seres humanos famintos – algo contrário ao próprio espírito e caráter da Lei divina – mas a celebração da norma pela norma e sua prevalência sobre a vida humana e suas necessidades. Eis aí o espírito totalitário, mesmo travestido de religião.

A resposta desconcertante de Jesus aos fariseus, invertendo a lógica enferma do homem religioso alienado de Deus é cheia de lições preciosas: 1) aponta para a autoridade divina e final das Escrituras para a compreensão da verdade; 2) A comparação com Davi evocou não apenas a licitude do ato, mas a autoridade e superioridade do rei ungido em relação à dinastia agonizante e reativa que estava sendo sucedida (Saul, no caso de Davi; fariseus e mestres da lei, no caso de Jesus); 3) A declaração de senhorio de Jesus sobre o sábado aponta para a realidade de Seu senhorio sobre tudo e todos; 4) a declaração de Jesus no texto paralelo do Ev. de Marcos 2.27 aponta para a beleza do real sentido e propósito das ordenanças dadas por Deus ao ser humano: a promoção e a preservação da vida ao Seu
lado, no presente e no futuro, sob Seus cuidados e para a Sua glória.

Resumindo: Jesus ensina que a vida vivida com Ele não deve ser motivada pelo medo, performance ou coação religiosa, mas sim pela gratidão, fruto da verdadeira liberdade que Sua graça concede aos que declaram sua confiança na justiça que Ele fez na cruz. A esses, o Senhor de todas as coisas concede uma vida excepcional, uma vida que a gente deve querer viver.
 

Leia também: 1Sm 21.1-6; Mc 2.27; Lc 15; Rm 2.14-15


Sugestões para Discussão em Grupo

  • Qual lição chamou mais sua atenção na resposta de Jesus aos fariseus? Por quê?


Sugestão de Oração

Senhor, obrigado por Tua autoridade doce e implacável sobre mim, não transigindo com meus méritos ou falta deles. Obrigado por me tornar livre para servir-Te e obedecer-Te voluntariamente como expressão de gratidão. Amém.

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