N.30 - A VIDA QUE A GENTE PODE VIVER

N.30 - A VIDA QUE A GENTE PODE VIVER
 

Texto Bíblico: Lucas 6.6-11

Meditação

Cego é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria. Surdo é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo ou o apelo de um irmão.
MARIO QUINTANA


Em todas as coisas façam aos outros o que vocês desejam que eles lhes façam. Essa é a essência de tudo que ensinam a lei e os profetas.
JESUS (Mateus 7.12)


CONTA-SE UMA FÁBULA em que um chinês foi convidado a conhecer o inferno e céu chineses. Chegando ao inferno, viu dezenas de chineses ao redor de um imenso tacho de arroz. Todos eles portavam hashis (varetas utilizadas como talheres) muito compridos, o que fazia da alimentação tarefa impossível. Por mais tentassem trazer comida à boca, agonizavam de fome com o insucesso, um ao lado do outro, diante de grande tacho abarrotado de arroz.

Perturbado e angustiado com a cena, aquele homem foi convidado, então, a conhecer o céu chinês. Para sua surpresa, a cena era praticamente a mesma: lá estavam dezenas de chineses portando hashis muito longos ao redor de um imenso tacho, repleto de arroz. A perplexidade inicial deu lugar ao maravilhamento quando ele notou o detalhe que fazia toda a diferença, separando céu e inferno chineses: todos, no céu, estavam empenhados em alimentar uns aos outros. Cada um deles servia porções generosas de arroz ao próximo, sentado do outro lado do tacho, de forma que todos eram alimentados. Conquanto os hashis fossem completamente inúteis para a própria alimentação, eram perfeitos para alimentar o outro. A mesma cena, porém marcada por harmonia, paz, satisfação, comunhão e alegria.

Mário Quintana escreveu certa vez que “a indiferença é a forma mais polida de desprezo”. Isso vale tanto para o fantasioso inferno chinês quanto para as reais (in)disposições dos fariseus e mestres da lei naquele (outro!) sábado em que o Senhor do Sábado (e de todas as coisas) insistiu em fazer o bem, curando um homem com uma deformidade física. Estaria Jesus apenas interessado em provocar e irritar os bons homens da religião? É claro que não!

Mais uma vez Jesus quer deixar muito claro que o espírito da lei focava a necessidade de resgate, cura, perdão de pecados, restauração, salvação e dignificação do ser humano de uma forma que só Deus, em Sua imensa graça poderia conceder. Foi o que ocorreu na sinagoga, naquele sábado.

A fúria indignada dos fariseus e mestres da lei com a cura foi completamente inaceitável, revelando uma tragédia ainda maior: sua cegueira espiritual! Como, num ajuntamento santo, testemunhando tamanho benefício ao próximo, alguém poderia se sentir ofendido e injustiçado?! Como??! Mas essa é a dinâmica do homem religioso que, apesar de buscar ser bom e correto, nutre em seu coração uma afeição descalibrada por si mesmo e seus supostos méritos. Ai de quem contrariá-lo...

Quão diferente é a vida que Jesus nos incita a viver! Trata-se de um viver que ousa se importar e ser empático! Que luta contra a indiferença! É um viver que ousa enxergar e servir o outro, logo ali, do outro lado do tacho.
 

Leia também: Mt 7.12; Rm 13.8; Gl 5.14; 1Tm 1.5

Sugestões para Discussão em Grupo

  • Avalie-se: você tem dificuldades para engajar-se no viver empático? Quais são? Como superá-las?

Sugestão de Oração
Senhor Jesus, faz-me parecido contigo. Ajude-me a amar a demonstrar empatia pelo meu próximo, por amor de Ti. Amém.

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