N.022 - Sem Medo de Assombração

Sem Medo de Assombração

Wilson Avilla

João 6.15-21

 

Meditação

Depois da multiplicação de pães e peixes a popularidade de Jesus chegou ao auge. A dominação dos romanos, que tanto afligia os israelitas, fazia crescer o anseio por uma liderança que promovesse uma nova libertação, como a do Êxodo. Percebendo a agitação política, o Mestre se retirou para um monte, consciente de que o momento para estabelecer Seu Reino ainda não havia chegado.

A sequência dos eventos narrada pelo evangelista João mostra como o discipulado cristão pode ter as emoções de um passeio em uma montanha russa. A diferença entre sucesso e medo pode ser de poucas horas, ou menos. Depois de um dia tão empolgante, nenhum dos discípulos imaginaria o apuro que estavam para passar. Eles entraram no barco, em direção a Cafarnaum, sem Jesus, e o cenário logo se fez tenebroso, com escuridão, forte vento e um grande medo de assombração (os judeus criam que o mar era um depósito de almas). Uma típica ocasião em que qualquer um de nós chega a pensar que Deus está ausente, sem lembrar que os conceitos humanos sobre essa “ausência” são na verdade manifestações de egoísmo que reivindicam a centralidade de tudo para nós mesmos.

Jesus não estava ausente, nem mesmo tinha abandonado os discípulos. Seu senso de urgência é diferente do nosso.  Na morte de Lázaro, por exemplo, Ele não foi pressionado pelas circunstâncias. Packer diz que a mão de Deus até parece estar escondida, mas seu governo é absoluto. Que maravilhoso conforto!

A vida é cheia de tempestades. Que o diga esta que nos atormenta nos dias atuais, de tantas incertezas, mortes, perdas e sofrimento. Mesmo quando estamos fazendo a vontade de Deus é possível ser atingido por elas e experimentarmos medo e ansiedade. Nossa reação instintiva é gritar de medo (inclusive no íntimo), tal como os discípulos fizeram. Porém, a mesma figura que os assustou, também os acalmou. Raciocínio semelhante aplicado a Deus é válido – quem permite a tempestade é também quem acalma o coração. Ele quer ensinar dependência.

Alguns céticos negam que Jesus tenha andado sobre as águas, dizendo que Ele apenas caminhou pela margem. Se assim fosse não haveria razão para temer assombrações. A verdade é que Jesus afirmou sua autoridade, apaziguou a natureza e os corações de seus discípulos, dizendo: “Sou eu! Não tenham medo!”.

Fé e medo são mutuamente excludentes. Embora o pequeno grupo de seguidores de Jesus tivesse muitas razões para exercer fé, preferiram se entregar ao medo.

A autoridade do Filho de Deus sobre todas as tempestades está à nossa disposição, pela fé.

“Olhe ao redor, e ficará desanimado. Olhe para dentro e desanimará. Mas olhe para Ele, e os medos desaparecerão.” (Pink)

Leia também

Gênesis 14.19; Salmos 23.2; 107.29; Isaías 25.6-9; Mateus 14.23; Marcos 6.46; Lucas 9.12; João 6.10.

 

Sugestões para Discussão em Grupo

  • O que nos causa medo?
  • Quantas e quais tempestades já enfrentamos?
  • Como nos comportamos em cada uma delas? Tivemos fé na autoridade de Cristo sobre todas as coisas ou nos entregamos ao medo?
  • Como podemos exercer fé em meio às tempestades da vida?

 

Sugestão de Oração

“Senhor Jesus, reconhecemos Tua autoridade sobre toda a criação. Teu é o controle sobre todas as tempestades, inclusive as que enfrentamos nos dias de hoje. Renova nossa fé no Teu poder para acalmar as que estão dentro e fora dos nossos corações. Em Teu nome oramos! Amém!”

Revisão 04/06/2021

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