N.024 - A Fama que Jesus Não Quer

A Fama que Jesus Não Quer

Wilson Avilla

João 6.60-7.9

 

Meditação

O ensino sobre o Pão da Vida foi considerado ofensivo por muitos que o ouviram. Ou seja, não agradou. Por isso gente que seguia Jesus, mesmo não crendo nEle, o abandonou – por não ter interesse nos assuntos espirituais, por não crer em Sua divindade, ou por considerar a ideia de comer Sua carne e sangue inaceitável. Mas o Mestre afirmou que revelaria coisas ainda mais difíceis. E nada seria tão aviltante como a crucificação.

Jesus reconhecia que alguns de seus seguidores não lhe davam crédito. A incredulidade humana não era novidade, e não indicava que Sua missão fosse falha. Ainda assim Ele deu ampla oportunidade a todos, desde o início de sua experiência humana, mostrando os resultados de vida ou morte que ela encerrava.

Apesar de “perder seguidores” Jesus não fez concessões ao que havia ensinado. Se vivesse em nossos dias, e se manifestasse nas redes sociais, não lhe faltariam haters. Até mesmo seus discípulos mais próximos “balançaram” com a dureza do discurso. Um momento tenso, mas necessário, de confronto entre fé e incredulidade, e de reafirmação de compromisso. Pedro falou em nome de seus companheiros, pondo fim à inquietação e reconhecendo a divindade de Cristo.

A oposição a Jesus se tornara tão forte nesse ponto que Ele escolheu permanecer na Galileia, sabendo que os judeus tramavam sua morte. Com a proximidade da Festa dos Tabernáculos, seus irmãos o aconselharam a ir para Jerusalém, onde supostamente haveria mais pessoas que poderiam segui-Lo. Certamente disseram que Jesus não poderia ser famoso se “escondendo”. Acreditava-se que quando o Messias chegasse Ele se tornaria conhecido publicamente de alguma maneira espetacular. De certa maneira estavam sugerindo: “Se você é tão bom, prove!”. Não fizeram isso por crer nEle, mas para incentiva-Lo a um tipo de exaltação que já havia sido recusada na tentação no deserto.

O plano de Deus para a exaltação de Seu Filho era bem diferente; não poderia ser medido pelo número de seguidores, pela aclamação popular, muito menos pela aceitação de governantes.

Isso não mudou. A glória que buscamos, desde uma medição de aceitação nas mídias sociais, até à fama de celebridade, é bem diferente do modo como Deus age para promover Sua verdade. Os movimentos de Jesus eram coerentes com Sua agenda divina. Seu ministério terreno é por vezes visto como uma explosão de sucesso que atraia multidões. Mas uma análise de sua trajetória mostra uma crescente “queda de popularidade”. Dos milhares nas multidões até os poucos aos pés da cruz (incluindo um ladrão arrependido), há uma evidente demonstração da fama que Jesus nunca quis – o Evangelho sem a cruz, a mensagem de Salvação sem arrependimento pela fé, e uma justiça baseada apenas em obras humanas.

Leia também

Deuteronômio 16.13-15; Salmos 69.8; Mateus 4.1-10; Atos 1.14; 1Coríntios 15.7; Filipenses 2.3-11;

 

Sugestões para Discussão em Grupo

  • Quão dependentes somos da aprovação dos outros em relação ao que cremos sobre o Evangelho?
  • Como a necessidade de aprovação dos outros afeta nossas convicções de fé?
  • Nossos conceitos sobre a aceitação e prática do Evangelho são coerentes com o que Jesus ensinou?

 

Sugestão de Oração

“Senhor Deus, somos humanos, e por vezes excessivamente dependentes do que os outros pensam sobre quem somos e como agimos seguindo a Cristo. Ajuda-nos a termos na Tua Palavra nossa única referência de obediência à Tua vontade, não almejando glórias de homens. Oramos em nome dEle. Amém!

Revisão 4/6/2021

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