N.65 - QUEM É O MEU PRÓXIMO?

N.65 - QUEM É O MEU PRÓXIMO?
 

Texto Bíblico: Lucas 10.30-37


Meditação

Bastante conhecida até por não crentes, a Parábola do Bom Samaritano é uma lição universal sobre solidariedade.

A idade da narrativa não a torna menos aplicável. Somos bastante religiosos, tal como o jurista preocupado com a vida eterna, mas nem sempre nossa prática é coerente com a fé.

Quando perguntamos ‘quem é o meu próximo?’, os critérios de vizinhança ou afinidade são suficientes apenas para produzir uma lista de ‘não iguais’.

Nos dias de hoje, esses ‘não iguais’ devem ser compreendidos muito além da condição material. É ‘gente quase morta’ e sem esperança que clama por ajuda, caída às margens da sociedade.

Diante deles, por vezes somos como ‘sacerdotes’ – embriagados por títulos, embrulhados em orgulho, assoberbados por responsabilidades, prontos a discursar virtude, sem a excelência do amor divino – importantes demais para ajudar.

Em outras vezes somos ‘levitas’ – ocupados com o cultocentrismo da religiosidade cristã, zelosos pelos ritos, preocupados com a continuidade dos ‘shows de Deus’, sem o verdadeiro temor – mas, enfim, ocupados demais para parar.

O contraponto à insensibilidade, na trama de Jesus, foi feito por uma figura indigna de qualquer distinção social naquele contexto, um samaritano.

O homem ferido à beira da estrada, evitado pelos figurões da religião, foi alvo da atenção de alguém que só pensou em fazer o bem ao seu igual, que não passou ao largo, antes, chegou perto, que não teve medo de conflito, ou das complicações de eventual ajuda, tampouco calculou o que perderia com isso em tempo e recursos. Pelo contrário, envolveu-se. Abriu mão de seu conforto pessoal, desviando-se de sua rota, colocando o socorrido em seu próprio animal para levá-lo a um local adequado. E por fim, investiu o seu dinheiro para completar o ciclo virtuoso.

Penso que ao término da história houve um silêncio constrangedor, interrompido pela pergunta de Jesus – “Qual dos três foi o próximo do homem atacado pelos bandidos?”. A lógica da questão inicial foi invertida pelo Mestre e transformada em valor fundamental – fazer-se próximo. Isso é de uma inteligência espiritual extraordinária, porque revela o mistério do Evangelho: Deus se fez próximo. Compreendê-lo permite que sigamos o caminho do samaritano, com sensibilidade para distinguir a obediência a Deus de religiosidade. 

Deus tem me dado o privilégio, e inspiração, de conhecer algumas pessoas que estão andando pelo mesmo caminho do bom samaritano. Gente que procuro imitar em suas ‘samaritanices’. 

Em bom ‘português celestial’, importa mais fazer-se próximo do que saber quem está próximo.


Leia também: Romanos 5.8; Efésios 2.10; Colossenses 1.13; 1 Timóteo 3.16.


Sugestões para Discussão em Grupo

  • Temos buscado nos fazer próximos dos que sofrem?

  • Como nossa sensibilidade para com os que sofrem pode ser mais bem demonstrada?


Sugestão de Oração

“Senhor, perdoa-nos por todas as vezes que não tivemos sensibilidade para atender às necessidades dos que sofrem. Pedimos tua ajuda para imitar a bondade de Cristo. Em nome dele fazemos isso. Amém!”

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