N.71 - A CHAVE DO CONHECIMENTO

N.71 - A CHAVE DO CONHECIMENTO
 

 

Texto Bíblico: Lucas 11.37-53
 

Meditação

NO DIA 28 DE MAIO DE 1997, um caça A-10 Thunderbolt espatifou-se contra o solo durante um treinamento noturno, no Arizona, EUA, matando a piloto, uma competente capitã da USAF, num acidente tido como triste na mesma proporção em que foi bizarro.

Encerradas as investigações, a dolorosa conclusão: a piloto sofrera perda de consciência situacional, uma condição caracterizada pela desconexão entre os sentidos da pessoa e os referenciais absolutos (instrumentais e/ou visuais), essenciais para discernir sua posição espacial; ela achava que arremetia, quando na verdade voava invertido, mergulhando em direção ao solo. Sua desorientação, a despeito de toda a habilidade para controlar uma aeronave tão complexa, custou-lhe a vida.

Esse era o drama dos fariseus e mestres da lei, no relato de Lucas: padeciam de perda de consciência situacional sobre a própria condição espiritual. Seu referencial, sua régua ético-moral-espiritual, eram eles mesmos. Daí Jesus deixa claro o tamanho da tragédia daqueles homens, utilizando-se da inquietação surgida sobre Sua “despreocupação” com o asseio pessoal como metáfora para apontar o real problema: a falta de asseio da alma perante Deus.

No que consistia essa impureza? Ganância e perversidade. Tudo muito bem azeitado com a requintada e já bem assimilada prática religiosa dissimulada, desconectada de verdadeira piedade. O voo invertido dos fariseus era caracterizado pela doação sem alma, amor, bondade e justiça. Seu foco eram eles mesmos. Enquanto se congratulavam com a precisão cartesiana de sua fidelidade material, ignoravam o principal: a generosidade ao necessitado. A vaidade era outra característica trágica do voo invertido dos fariseus, evidenciada pelo profundo anseio por proeminência religiosa e reconhecimento social. Seu desejo era fazer grande seu próprio nome.

Mas, possivelmente, o aspecto mais trágico do diagnóstico de Jesus seja observado na reação dolorida do especialista da lei: “O senhor também nos insultou com o que disse.” – quase como se afirmasse que, fossem ele e sua turma poupados da crítica, tudo estaria bem (os fariseus que se entendessem com o Mestre...).

Jesus não se faz de rogado, denunciando-os em três graves erros: opressão do próximo com exigências de práticas religiosas dissonantes do espírito da Lei (e burladas por eles mesmos, uma vez que conheciam as “brechas” legais); hipocrisia, pela alegação de conhecimento fidedigno das Escrituras desacompanhada de discernimento e piedade; obstrução, pela alegação de conhecimento da verdade desacompanhada de rendição Àquele que é A Verdade, seguido da obstrução no encaminhamento de outros à Verdade. A inversão estava clara.

A denúncia feita por Jesus é grave e deve ser levada a sério: conhecimento teológico e respectiva religiosidade que não colocam o ser humano de joelhos perante Jesus é chave que tranca portas ao invés de abri-las. É perda de consciência situacional. É voo invertido, sem perigo de dar certo.
 


Leia também: Sl 24.3-4; At 7.51-52; 2Tm 3.12; Ti 1.15-16
 

Para discussão em grupo:

  • Faça um balanço da sua caminhada com Deus: como anda seu “voo” com Ele, por Ele e para Ele?


Sugestão de Oração:
Jesus, que minha vida e meus atos honrem a Ti tanto quanto meu discurso sobre Ti. E que meu discurso, em secreto ou em público, nada mais seja do que a expressão consistente do que Teu Espírito tem produzido em meu coração e mente. Amém.

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