N.84 - HUMILHADOS E EXALTADOS

N.84 - HUMILHADOS E EXALTADOS
 

TEXTO BÍBLICO
Lucas 14.7-14

 

MEDITAÇÃO

É inevitável, em todo início de ano há grandes expectativas quanto ao que está para acontecer. Será que nos daremos bem? Nos livraremos dos problemas? O mundo será um lugar melhor? E nessa ânsia corremos o risco de perder o senso de adequação.

Há mais de dois mil anos, em um jantar, Jesus observou que os convidados procuravam ocupar os lugares de honra à mesa¹ de maneira imprópria, e por isso resolveu dar ‘lições de etiqueta’ de valor eterno. Ele não estava falando de algo inédito, afinal, o Grande Banquete, que expande uma das principais metáforas bíblicas para o Reino de Deus, já havia sido assunto de Isaías, quase setecentos anos antes².

A compreensão da profecia, no entanto, não foi unânime ao longo da história. Sempre houve muita resistência à ideia de que ‘gente comum demais’ pudesse ser convidada para a maior de todas as festas.

Contrariando as regras aceitáveis em qualquer tempo, Jesus instruiu seus ouvintes a receber com honras aqueles que não poderiam retribuir convites semelhantes. Em outras palavras, é melhor convidar os necessitados³.

O que chamou a atenção do Mestre não foi a falta de educação, mas a falta de humildade, e  ambições pequenas demais.

Todo o ensino nesta parábola está centrado na ideia de que o convidado não é mais importante que o anfitrião, numa clara referência a Deus. A exaltação própria leva à humilhação, ao passo que a humildade resulta em exaltação. O princípio opera no presente e no futuro, em situações sociais e no Reino.

Deus odeia a arrogância, que é na verdade um inchaço da alma que reflete nada mais do que o velho egocentrismo do ser humano.

Nós naturalmente amamos pessoas bem sucedidas, ricas e aprumadas, diz McKinley, mas Deus foca seu amor nos necessitados, nos pobres, nas viúvas, nos órfãos, e naqueles que clamam por socorro. Fama e prazer parecem ter uma forma de entorpecer as pessoas quanto à sua necessidade de Deus, mas pessoas desesperadas estão mais propensas a clamar a Ele. Não se trata de mérito, mas sim graça - a força libertadora divina que livra a natureza humana da escravidão do pecado, e que restaura essa mesma natureza.

Jesus não proíbe que vivamos a vida social normal. Mas ela deve ser vivida sem ‘inchaço de alma’ e com a compreensão de que a justiça que Deus considera para nos convidar não é a nossa, mas a de Cristo.

O Banquete do Reino tem sua própria etiqueta, que honra o Autor do convite – o Rei. Somente pelo mérito dEle somos convidados, e exaltados.

 

LEIA TAMBÉM
Provérbios 25.6-7; Daniel 4.30-33; Filipenses 2.5-8; 1 Timóteo 1.14-15; 2 Pedro 2.18


PARA DISCUSSÃO EM GRUPO

  • O que faz nossa alma inchar?

  • Em que áreas ou situações precisamos ser mais humildes?

  • Fizemos propósitos nesse sentido para o novo ano?

  • Estamos dispostos a buscar a humilhação que agrada a Deus?


SUGESTÃO DE ORAÇÃO
Senhor Deus, admitimos que por vezes perdemos a etiqueta do Reino, e lutamos para ser reconhecidos, admirados, conquistar os melhores lugares, sermos mais do que outros, desprezando aquilo que tem valor eterno. Ajuda-nos a identificar o que precisa ser corrigido em nossas vidas. Oramos em nome de quem se humilhou por nós! Amém


¹Lucas 14.7
²Isaías 25.6-9
³BAILEY, 2016, p. 311

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