N.96 - A VIÚVA QUE QUERIA JUSTIÇA

N.96 - A VIÚVA QUE QUERIA JUSTIÇA
 

TEXTO BÍBLICO
Lucas 18.1-8
 

MEDITAÇÃO

“A perseverança não é uma longa corrida; ela é muitas corridas curtas, uma depois da outra.”
CHARLES WILLIAM ELIOT¹

A LEI MOSAICA era ponto fora da curva absoluto em seu tempo, também no que diz respeito à proteção da mulher e ao cuidado com as viúvas, órfãos, pobres e estrangeiros.

Deus estava (e continua) especialmente atento às necessidades desses grupos, tendo fornecido instruções claras sobre como a nação de Israel deveria distinguir-se das demais pelo amor vertical (reverencia a Ele) evidenciado na prática do amor horizontal (zelo fraternal pelo próximo). Qualquer juiz israelita, portanto, seria completamente capaz de discernir, em obediência à Lei, a seriedade, zelo e celeridade com as quais deveria tratar uma petição judicial feita por uma viúva.

O juiz da parábola de Jesus, entretanto, simplesmente não se interessa pelo drama da viúva que clama a ele que lhe faça justiça. Não o faz por ignorar a Lei, mas por impiedade e malignidade. Ele mesmo afirma: “Não temo a Deus e não ligo para as pessoas.” Ele é alguém que simplesmente não se importa.

Mas eis o ponto central da parábola: a insistência de quem busca justiça será recompensada! Jesus conta que a viúva acaba tendo seu pleito atendido pelo juiz iníquo, não porque se importasse com o mérito da questão, mas simplesmente por desejar ver-se livre do incômodo. 

É aí que Jesus introduz uma das lições mais preciosas sobre o caráter santo de Deus, comparando-o com o juiz da parábola: se até mesmo um juiz maligno é capaz de fazer justiça a quem insiste com ele, que dirá O Justo Juiz de toda a terra??

Apesar da natureza cristalina desse ensino, a lição sobre persistir na oração, confiando no caráter Santo de Deus, figura entre as mais conhecidas e ao mesmo tempo mais ignoradas, das Escrituras. Jesus mesmo pergunta, retoricamente, qual seria a resiliência da fé dos crentes dos últimos dias...

 A pergunta é provocativa. Visa causar desconforto com a acomodação à normalidade da vida, por um lado, e com a impaciência própria de quem tende a ver o próprio umbigo como o centro do universo, por outro.

As verdades e princípios dessa parábola são simples e desafiadores, ao mesmo tempo:

  1. Deus é bom;

  2. Deus vê e se importa;

  3. Deus tem uma pauta benigna para o predicamento humano;

  4. A oração do crente baseia-se na confiança do que afirmam os pontos anteriores; 

  5. Nossa oração por Sua intervenção deve refletir Seus interesses eternos na nossa vida, através da nossa vida, para honra e glória do Seu nome. “Se me buscarem de todo o coração, me encontrarão. Serei encontrado por vocês”, promete o Senhor; “Busquem, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça e todas essas coisas [necessárias] lhes serão dadas”, garante Jesus;

  6. Devo persistir, pois perseverar nada mais é que nutrir confiança no caráter fiel de Deus; que Ele continua sendo bom, continua sendo Deus e nunca falha, ainda que pareça tardar.

Chega a ser constrangedor que precisemos que Deus se permita comparar a um juiz maligno, para que creiamos na bondade de Seu caráter. Mas, Ele é assim mesmo: em Sua competência incomensurável, maravilhosa graça e deslumbrante misericórdia, sabe que é vital insistir conosco para que aprendamos a persistir com Ele.

 

LEIA TAMBÉM
Dt. 10.16-20; 24.17-22; Jr 29.13-14; Mt 6.33


PARA DISCUSSÃO EM GRUPO

  • Você enfrenta dificuldades em persistir na disciplina da oração? Por quê?

  • Como o ensino de Jesus pode auxiliar você na construção de uma vida de oração mais persistente?


SUGESTÃO DE ORAÇÃO

Senhor, obrigado por insistir comigo para que eu persista contigo.
Por favor, tem misericórdia de mim!
Perdoe-me por oscilar em minha confiança em Ti e por ser inconstante na perseverança.
Por favor, Espírito Santo, auxilie-me, inclinando meu coração para mais perto do Teu e dos Teus interesses.
Ajude-me a superar, hoje, a resistência do velho homem em dobrar os joelhos diante de Ti e perseverar.
Em nome de Jesus, Amém.


¹
Acadêmico americano e reitor da Universidade de Harvard.

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