N.107 - A VERDADEIRA CASA DE ORAÇÃO

N.107 - A VERDADEIRA CASA DE ORAÇÃO
 

TEXTO BÍBLICO
Lucas 19.45-48
 

MEDITAÇÃO

Com o auxílio da tecnologia computacional é possível "passear pelo templo de Jerusalém'' dos tempos de Jesus com realismo incrível. A grandiosidade impressiona. As divisões arquitetônicas atendiam a critérios definidos pelo próprio Deus.

Nos ambientes externos, onde todos podiam circular livremente, havia um grande comércio a serviço das cerimônias religiosas. Bancas para conversão de moedas, venda de animais para sacrifícios, eram algumas das atividades que rendiam muito não somente aos comerciantes, mas também, lamentavelmente, aos sacerdotes.

Para se ter ideia da dimensão do que estava envolvido, um par de pombas podia custar até vinte vezes mais no pátio do templo. E os sacerdotes geralmente consideravam defeituosos os animais que eram levados pelos adoradores, a pretexto de forçá-los a buscar o comércio no qual tinham participação (o “covil de ladrões”).

A narrativa evangélica da “purificação do templo'' é vista por muitos como a descrição de uma “raiva santa” demonstrada por Jesus, que agiu com violência para demonstrar seu zelo pelas coisas de Deus. Muita calma na análise! Zelo sim, raiva não. Ação mais enérgica é vista, mas não vejo violência. Mesmo porque se houvesse, a guarda romana, alojada em ponto com visão estratégica do pátio, certamente teria agido com presteza para evitar tumultos, que aliás eram comuns.

É difícil quantificar os resultados imediatos da ação de Jesus, mesmo porque a atividade não foi extinta, voltou talvez no dia seguinte. É mais fácil enxergar nela uma parábola viva do que Ele representava profeticamente para aquele ambiente e seu contexto.

O lugar que logo viria a ser assumido por Cristo em seu simbolismo espiritual, e que deveria servir para o livre acesso de todos à presença de Deus, tornava impossível esse propósito. Ou seja, quem buscava a presença de Deus não podia fazê-lo, em face das dificuldades criadas pelas próprias pessoas da casa de Deus, como afirmou Barclay. 

As “encenações" de Jesus¹ indicaram o início de seu julgamento, e nos ensinam a exercer corajosamente a justiça de Cristo.

Mais de dois mil anos depois do incidente noticiado por Lucas sabemos que a casa de Deus somos nós, a igreja de Cristo, mas nos encontramos divididos. De um lado cristãos perseguidos por viverem pela justiça de Cristo, e do outro, discípulos de Cristo acomodados às facilidades de um cristianismo que não se sensibiliza com as injustiças.

A “casa de oração'' da qual fazemos parte hoje deve facilitar o acesso das pessoas a Cristo e promover sua justiça. Estamos dispostos a viver segundo essa compreensão?

 

LEIA TAMBÉM
Isaías 56.7; Jeremias 7.11; João 2.13-22; Atos 1.8


PARA DISCUSSÃO EM GRUPO

  • Quanto incômodo nos causam as injustiças à nossa volta?

  • Nossa disposição para exercer a justiça de Cristo é compatível com o seu testemunho?

  • Quanta preocupação demonstramos em ser uma ‘casa de oração’ para os que buscam a Deus?


SUGESTÃO DE ORAÇÃO
Senhor Deus, precisamos reconhecer que estamos do lado do mundo que sofre muito pouco por amor a Cristo, e que por isso, em geral, ficamos insensíveis às injustiças. Perdoa-nos! Abre nossos olhos, e aumenta nossa disposição para testemunhar de Cristo e sua justiça! Amém!


¹considerando que houve uma primeira narrada em João 2.13-22

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