N.48 - O QUE SERÁ DO FUTURO?
Texto Bíblico: João 16:1-15
Meditação
O aparato tecnológico que nos cerca ajuda a mensurar e prever de condições climáticas a resultados esportivos, de cotações de bolsas de valores a variações cambiais. Somos cada vez mais dependentes desse comércio de fumaça, com suas desgraças programadas ou não, e ética sólida como neblina, próprias da exploração de uma realidade da existência com a qual poucos conseguem lidar adequadamente – as incertezas.
Jesus não queria que seus discípulos fossem surpreendidos ou iludidos sobre o que havia de vir. Ao ensiná-los, sabia que tudo não seria compreendido de imediato, mas que mais tarde as coisas fariam sentido. O maior perigo que os seguidores de Jesus enfrentaram, e ainda enfrentam, não era, ou é, a oposição do mundo, ainda que desafiadora, mas a apostasia – palavra que significa afastamento de uma posição anteriormente ocupada.
A primeira oposição que os cristãos enfrentaram foi dos judeus. Um estudioso da Bíblia afirmou que ninguém poderia odiar como um judeu religioso da era apostólica, que era conhecido por sua capacidade
diabólica de odiar. Até um historiador romano, Tácito, ‘comemorou’ o ‘ódio hostil’ da raça judaica contra toda a humanidade. Lamentavelmente, os cristãos também perseguiram os judeus. Mas certamente não foi esse o conselho do Mestre. Pelo contrário, Ele advertiu seus amigos que alguns deles morreriam como mártires. E a história da igreja confirma que todos os onze foram martirizados (algumas discussões a respeito de João). Aliás, Bruce entende que a maior oposição aos que seguem a Cristo estão nos limites da própria cristandade – daqueles que se consideram o povo exclusivo de Deus.
Não é fácil lidar com o futuro quando ele se anuncia trágico. E não há palavra que convença nesse contexto, exceto a do Espírito. E foi exatamente o que Jesus ofereceu aos doze. A tristeza reinante entre
eles obscurecia a grandeza da dádiva para vantagem deles. Por isso o ensino sobre o Consolador era de importância vital naquele momento. A vinda do Espírito resultaria em convicção a respeito do pecado, justiça e juízo. Há que se observar com atenção as conexões dessas dimensões com a temporalidade da revelação: passado (pecado), presente (justiça), e futuro (juízo). O tempo é hoje, e o Espírito está ao nosso lado para nos ajudar, mas também para condenar a incredulidade.
Jesus tinha conhecimento da incapacidade dos discípulos para vê-Lo após sua partida. Ele queria que a necessidade de se tornarem instrumentos dEle fosse compreendida, e motivasse o testemunho de que um pecador poderia ver a loucura do mal e da sua incredulidade, graças à ação do Espírito. Ele também revelaria as coisas futuras e daria direção e conforto aos crentes no cumprimento de cada uma delas. É o que sabemos sobre o futuro. Muito? Pouco? Suficiente, segundo nos diz a Palavra de Deus.
Leia também
Salmos 51:4; Jeremias 31:33-34; Mateus 5:10- 12; Atos 18; Romanos 10:2; Efésios 2:1-3; 1Timóteo 4; 2Timóteo 3; Apocalipse 3:8.
Sugestões para Discussão em Grupo
Sugestão de Oração
“Deus, admitimos nossa fraqueza para lidar com o que não conhecemos a respeito do futuro! Que o Teu Espírito nos lembre da Palavra, e das Promessas que ela contém sobre um futuro de glória para os que creem em Cristo! Em nome dEle oramos! Amém!”
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