N.51 - O QUE JESUS PEDIU PARA SEUS DISCÍPULOS

N.51 - O QUE JESUS PEDIU PARA SEUS DISCÍPULOS
 

Texto Bíblico: João 17.6-19

Meditação


“Muito embora grandes extensões da Europa e antigos e famosos Estados tenham caído ou possam cair nos punhos [...] do aparato do domínio nazista, nós não devemos enfraquecer ou fracassar. Iremos até ao fim. Lutaremos na França. Lutaremos nos mares e oceanos. Lutaremos com confiança crescente e força crescente no ar. Defenderemos nossa ilha, qualquer que seja o custo. Lutaremos nas praias, lutaremos nos terrenos de desembarque, lutaremos nos campos e nas ruas, lutaremos nas colinas; nunca nos renderemos..."¹ WINSTON CHURCHILL

Alguns historiadores defendem que grande parte das disposições patrióticas, heroicas e sacrificiais que sustentaram e guiaram o Reino Unido durante toda a 2GM², até a vitória final dos Aliados, meia década depois, foram inflamadas pelo discurso de Churchill, por ocasião da espetacular evacuação (alguns diriam sobrenatural) de mais de 300 mil soldados britânicos das praias de Dunquerque, na França, em junho de 1940.

Apesar da ferocidade, voracidade e força colossal do Reich, foi a resiliência britânica em torno da causa pela qual lutavam que prevaleceu, ao final da guerra. Sacrifícios tremendos foram feitos. Mas, nenhum deles foi grande demais. Uma causa nobre e vital justifica uma luta mortal.

Mas, conquanto o discurso de Churchill tenha sido um poderoso catalisador para as disposições heróicas de sua nação na luta contra uma tirania pontual, a intercessão sacerdotal de Jesus pelos discípulos trata de algo maior: a provisão sobrenatural de Deus para determinações ainda mais heroicas contra o regime maligno que se apossou ilegitimamente do mundo, tornando-o, entre outras coisas, terreno fértil para tiranias de todos os tipos, matizes e plumagens. Por mais eloquente e poderoso seja, o discurso de Churchill empalidece diante da oração de Jesus.

Exagerado? De forma alguma.

De saída, lembre-se que em seu diálogo com o Pai, Jesus reafirma que a conexão dos discípulos com a Verdade estava selada. Esse era um caminho sem volta; uma condição de vida irreversível. Mas, justamente pelo caráter e irreversibilidade dessa vinculação, os discípulos passariam a viver numa frequência naturalmente antagônica ao mundo. Não fariam oposição pela oposição (como tantos tem feito, em nossos dias), mas seriam, oposição natural à impiedade, mentira e injustiça. O ponto é que o compromisso selado com a Verdade naturalmente incomodaria todo o predicamento humano ainda sob o domínio da mentira. A polaridade não seria fruto de discurso ideológico/filosófico/religioso, mas de um viver realmente compromissado com Cristo e coerente com a ética do Reino de Deus.

Os discípulos precisavam, portanto – e é esse o pedido de Jesus – de proteção e provisões sobrenaturais para prosseguirem e suportarem a luta contra a Mentira que havia usurpado o reino dos homens. Jesus pede ao Pai que proteja os discípulos poderosamente, visando a manutenção da unidade entre os homens que reflete a unidade da Trindade. Pede também para que sejam protegidos do Maligno e, ao mesmo tempo, fortalecidos na Verdade, pois, a efetividade dos discípulos requeria (requer) compromisso inalienável com a Verdade, algo que somente o poder de Deus poderia prover (e manter), dado o tamanho do desafio.

Bem, a oração de Jesus foi atendida, não? Cá estamos nós, séculos depois, unidos em Cristo (a despeito de nós mesmos), sendo igualmente protegidos e provisionados por Deus para a continuidade da missão: subverter o reino dos homens com a mensagem do Reino de Deus.

É por isso que Jesus não pede que os discípulos sejam retirados do mundo, pois é o mundo o alvo da missão. O mundo é o cenário onde a batalha cósmica entre a Verdade e a Mentira está sendo travada.

O Cordeiro venceu. A Verdade prevalecerá. Uma praia por vez.

Leia também
2Sam 7.28; Sal 119:9-10; 142; Pro 18.10; Rom 12.4-5; 14.8; Gál 1.4; Fil 2.9; 1Tim 1.18; 6.12; 2Tm 4.7.

Sugestões para Discussão em Grupo

  • Você concorda que nosso chamado para a vida cristã inclui a responsabilidade de subvertermos a reino dos homens com a mensagem do Reino de Deus? Sim? Não? Por quê?
  • Quais são as implicações da sua resposta?


Sugestão de Oração:

“Querido Deus! Exaltado seja o Teu nome! Ajude-me a viver – sob Tua proteção e provisão, na Unidade do Corpo e vinculado à Verdade – o Teu Reino no reino dos homens. Em nome de Jesus, Amém.”


¹CHURCHILL. We shall fight on the beaches. Discurso do primeiro-ministro na Câmara dos Comuns, em 04 de junho de 1940, por ocasião da retirada dos combatentes britânicos de Dunquerque.
²Segunda Guerra Mundial.

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