DIA 16 - É TEMPO DE ESPERANÇA

A FÉ CRISTÃ E O TRABALHO
Publicado em 15/04/2020

A FÉ CRISTÃ E O TRABALHO

Felipe Nunes

 

Texto Bíblico

 “Vocês, escravos, submetam-se a seu senhor com todo o respeito. Façam o que ele mandar, não apenas se for bondoso e amável, mas até mesmo se for cruel. Porque Deus se agrada de vocês quando, conscientes da vontade dele, suportam com paciência o tratamento injusto. Claro que não há mérito algum em ser paciente quando são açoitados por terem feito o mal. Mas, se sofrem por terem feito o bem e suportam com paciência, Deus se agrada de vocês. Porque Deus os chamou para fazerem o bem, mesmo que isso resulte em sofrimento, pois Cristo sofreu por vocês. Ele é seu exemplo; sigam seus passos. Ele nunca pecou, nem enganou ninguém. Não revidou quando foi insultado, nem ameaçou se vingar quando sofreu, mas deixou seu caso nas mãos de Deus, que sempre julga com justiça. Ele mesmo carregou nossos pecados em seu corpo na cruz, a fim de que morrêssemos para o pecado e vivêssemos para a justiça; por suas feridas somos curados. Vocês eram como ovelhas desgarradas, mas agora voltaram para o Pastor, o Guardião de sua alma.” (1Pedro 2.18-25 NVT)

 

Meditação

Não é de hoje que existe a tensão entre o que é considerado trabalho “sagrado” e “profano”. No entanto, reformadores como Martinho Lutero já́ defendiam que todos os tipos de trabalho, até mesmo o considerado “secular”, são um chamado de Deus tanto quanto o ministério de um monge ou sacerdote. Eles tinham certeza de que o trabalho braçal é tanto de Deus quanto a formação teológica.

Na época de Lutero a igreja considerava ter exclusividade na atuação de Deus na Terra, e por isso, somente o trabalho na igreja era visto como algo espiritual ou sagrado. Qualquer outro tipo de afazer era visto como algo carnal, mundano ou secular. Assim a igreja oprimia outras classes com sua posição superior, “santa”.

Com essa visão libertadora e bíblica a respeito da vocação, Lutero surpreendia a igreja de seu tempo, ao ensinar que “os cristãos não precisam exercer o ministério diretamente ou trabalhar para organizações de caridade para amar o semelhante por meio do trabalho.” (Martinho Lutero, Three Treatises, 1970, p.12)

Não foi apenas na época de Lutero que a igreja cometeu equívocos com relação ao trabalho. Hoje em dia muitas igrejas gastam mais tempo falando o que seus membros não devem fazer no seu tempo livre, do que ensinando a excelência e o esmero que eles devem fazer no seu tempo de trabalho para glorificarem ao Senhor. Quando esses cristãos aprenderem a usar sua agenda de trabalho com sabedoria e santidade, certamente terão mais capacidade para administrar seu tempo de lazer.

Dons e talentos, então, não são algo para ser usado apenas entre as quatro paredes das congregações. Os dons e talentos dados por Deus ao seu povo devem ser vividos e aperfeiçoados em qualquer esfera da sociedade. É dever do cristão aprender e ensinar outros cristãos a viverem a unidade da vida cristã, sem dicotomia na vida, para que estes também se transformem em transformadores da cultura, trabalhando para o desenvolvimento humano de maneira que apontem Cristo com palavras e atitudes.

 

Leia também

Colossenses 3.23; Efésios 6.7-8; Filipenses 2.14-15; Eclesiastes 9.10; Provérbios 16.3; 2 Tessalonicenses 3.10-12

 

Sugestões para Discussão em Grupo

  • Como nosso trabalho tem glorificado a Deus?
  • Como o mandato cultural de Gênesis 2.15 se adapta ao nosso trabalho?
  •  

Sugestão de Oração

“Senhor, que o trabalho e a agenda que tens permitido em minha vida sejam agradáveis aos Teus olhos. Ensina-me a compreender o trabalho como vocação do Senhor, oportunidade de testemunho sobre a pessoa de Cristo.”

Revisão 12/04/2021

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