WIlson Avilla
João 2.1-11
Meditação
E se o vinho acabar? As respostas a uma pergunta tão banal podem ser igualmente simples hoje. Nos tempos em que Jesus andou lá pelos lados do Oriente Médio, no entanto, não era bem assim.
O início do Seu ministério terreno com os discípulos foi marcado por milagres que os fizeram entender quem era o Filho de Deus. Ele havia sido reconhecido como o Cordeiro de Deus e afirmado que seus seguidores veriam coisas muito maiores. Era preciso “validar” sua autoridade, e isso começou a acontecer.
O primeiro desses feitos extraordinários aconteceu em um evento dos mais importantes naquela cultura, uma festa de casamento. A falha em oferecer aos convidados algo adequado implicaria verdadeira desgraça social. O vinho era um símbolo de alegria. Deixar de servi-lo equivaleria dizer que nem os convidados, nem os noivos, estavam felizes.
O texto bíblico mostra que a presença de Jesus era desejada naquele momento tão marcante da família e que, de forma alguma, queriam ter um problema grave. - Pedir que ele esteja presente é sinal de coerência com a vontade de Deus; o contrário é esconder-se de Deus, como Adão e Eva fizeram após pecar.
Ainda bem que o Mestre e sua família estavam na festa. As adversidades tiram a alegria de qualquer um. Por isso devemos sempre desejar que Cristo esteja conosco, e convidá-Lo a isso, para que Ele possa agir em toda e qualquer situação que nos tire a tranquilidade. Ao saber que o vinho havia acabado Maria foi a Jesus para pedir que Ele interferisse em favor da família em dificuldade. Depois ela disse às pessoas incumbidas do serviço da festa para fazerem tudo o que fosse ordenado por Ele. A importância desse diálogo não está em Maria, mas no Filho de Deus, como Sua Palavra demonstra – “Sem mim, nada podeis fazer.” (João 15.5b). Nossos problemas devem ser levados a Ele. E foi o que Maria fez.
Como em tantos outros milagres, Jesus poderia ter feito o que quisesse, mas Ele usou o que tinha para transformar a realidade de maneira totalmente inesperada. Ele ordenou que as seis talhas de pedra (grandes jarros com capacidade de 20 a 30 litros cada) fossem cheias de água. Isso foi feito pelos serviçais. O que mostra que nossa participação não é desprezada naquilo que Ele está fazendo, partilhando suas bênçãos. Aliás, os servos foram abençoados porque obedeceram. Coleridge afirmou que fé é fazer a vontade de Deus sem fazer perguntas.
Era costume também naquela época servir primeiro o bom vinho, mas em razão do milagre a melhor bebida foi servida no final da festa. Há um simbolismo nisso, relacionado à obra de Cristo na cruz, e Sua ressureição, que se tornou um dos grandes emblemas do cristianismo – “o melhor vem depois”.
Nem todos os nossos problemas serão resolvidos agora. Mas Jesus já resolveu o grande problema do pecado do homem, deixando o melhor para a eternidade.
Para não perder o melhor da festa, e da vida, podemos aprender com os milagres de Jesus as seguintes lições:
Para ler também
Isaías 12.3; Marcos 3.31-35; Lucas 2.41-52; João 4.7; 19.26-27; 2Coríntios 5.17
Para discutir em grupo
Sugestão de oração
“Senhor Deus, creio no poder de Cristo para realizar milagres. Ajuda-nos a viver de forma coerente com essa convicção, especialmente em tempos tão difíceis como os que vivemos hoje. Oramos em nome de Jesus, amém!”
Revisão 14/04/2021
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