Wilson Avilla
João 1.1-18
Meditação
Minha reação imediata ao ter contato com uma obra de arte de rara beleza é querer conhecer o autor e as motivações para a criação. Há pouco tempo, minha esposa e eu assistimos a um seriado na televisão que nos cativou tanto que quisemos saber mais da autora, do set de filmagem, elenco, e, principalmente, saber da continuidade da história.
O Evangelho de João tem como ênfase apresentar Cristo como a Palavra de Deus que se tornou humana para que o amor fosse conhecido na forma mais completa possível. Ao relatar o que Jesus fez, o evangelista apresenta a identidade do Autor da Criação. Que privilégio conhecer as circunstâncias dessa trama divina e sua autoria.
Deus é um ser completo, e o universo não é parte dEle, mas sim Sua obra. Isso tem sérias implicações para nossas concepções sobre a vida. Ela não é acidental. Eu e você não somos acidentes, fomos concebidos de forma planejada. Blanchard afirmou que “se a vida é um acidente, não é possível que ela tenha qualquer propósito, pois acidente e propósito excluem-se um ao outro”.
Por muitos raciocínios filosóficos estamos cercados de argumentos que buscam esvaziar a vida humana de sentido, e a humanidade de um grande propósito. E, de novo, nada como saber do próprio autor suas intenções criativas. A luz foi trazida aos homens na pessoa de Jesus. O conhecimento por si só não é o supremo ideal do homem, mas o conhecimento o leva a Deus. Essa verdade é a única que preenche o vazio da existência criado pelo pecado.
No princípio Deus se expressou, Ele agiu, para que o Verbo se fizesse carne, ou seja, para que Seu Filho se tornasse homem. A divindade de Cristo está claramente exposta. A diferença entre o cristianismo e todos os outros sistemas religiosos consiste principalmente nisto, afirmou Thomas Arnold. Em todas as religiões vê-se o homem procurando a Deus, enquanto no cristianismo temos Deus procurando o homem. O prólogo dessa maravilhosa obra está na vida e palavras de João Batista, que apresenta a identidade comunicadora do Cristo.
O enredo da restauração de todas as coisas tem um clímax inconfundível, a encarnação de Jesus. Ele veio para salvar o mundo do pecado, mas os judeus não reconheceram isso. A identidade salvadora está reproduzida naqueles que nEle creem e se tornam seus filhos. Como tal, apesar da natureza humana, recebem uma participação na natureza espiritual de Deus, pela glória revelada em Cristo. Aliás, o ser humano foi criado com essa vocação para a plenitude espiritual.
Que tal pedir um autógrafo para o autor da vida?
Leia também
Gênesis 1-3; Salmos 90.2; Eclesiastes 3.11; Efésios 1.4; Colossenses 1.1-16; 1Pedro 2.9
Sugestões para Discussão em Grupo
Sugestão de Oração
“Deus, Criador de todas as coisas, recebe nossa gratidão pelo privilégio de conhecermos Tua identidade e motivações por meio da encarnação do Teu Filho. Obrigado por sabermos que esse evento não é apenas histórico, é escatológico, e revela os mais elevados propósitos para a vida, agora e na eternidade. Não fosse assim o Senhor não a teria criado. Pedimos que esse conhecimento nos leve a uma vida coerente com toda a beleza que foi idealizada ao nos criar, ou seja, que glorifique a Tua pessoa. Oramos em nome do Autor da vida! Amém!
Revisão 14/04/2021
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