N.002 - Melhor não Perder a Cabeça

Melhor não Perder a Cabeça

WIlson Avilla

João 1.19-28

 

Meditação

A pregação de João Batista é uma introdução ao caráter do Evangelho de João – arrependimento e fé – que seria anunciado por Jesus. A maior parte das pessoas conhece a história do homem que andava pelo deserto, se alimentava de gafanhotos e mel silvestre e ao final foi decapitado. Mas ele é muito mais do uma “cabeça no prato”. João era de uma família de sacerdotes. Seus pais eram pessoas irrepreensíveis. A determinação de colocar o nome “João” (O Senhor é Gracioso) na criança, combinada com “Jesus” (O Senhor salva), transmite uma mensagem: Deus age de forma graciosa e salva o seu povo. A salvação está disponível a qualquer pessoa que o busque com sinceridade. João iniciou seu ministério identificando-se: “Eu não sou o Cristo”, e deixando um “fica a dica”: “se vocês soubessem... o Messias está aqui”, como afirma Barclay. João Batista foi a “demarcação” da transição da Antiga para a Nova Aliança e serviu de ponte entre o Antigo e o Novo Testamento. 

O precursor de Jesus cumpriu sua missão de forma exemplar, e o Mestre deu testemunho disso dizendo que dentre os mortais não houve ninguém maior do que o Batista. Isso porque fez o que lhe havia sido dito para fazer – pregar a Palavra de Deus. Ele conclamou as pessoas à retidão moral, advertiu-as sobre o pecado, a justiça e o juízo. Apelou aos rebeldes para que tivessem a prudência dos justos. O pensamento dos judeus daquela época era que uma observância rígida da Lei cumpria a justiça exigida e não perceberam que o fim da Lei era Jesus, o Messias. A mensagem de João Batista era inédita: arrependimento e fé eram os meios para ingressar no Reino de Deus.  Nada mais atual. Tudo que ele falou é aplicável à nossa realidade:

  1. Separação do mundo -Estamos no mundo, mas precisamos estar separados do mundo. Isso significa não fazer as coisas que o mundo faz, e que desagradam a Deus (em ampla dimensão).
  2. Humildadepara reconhecer a autoridade e a missão de Jesus – João se referiu a Ele dizendo: “É necessário que Ele cresça e que eu diminua” (3.30). 
  3. Fé e arrependimento – Pela fé em Jesus Cristo, e na sua morte na cruz para perdoar pecados,nos arrependemos daquilo que fizemos ou fazemos, que está em desacordo com a vontade de Deus. João tinha convicção que sua vocação não era ensinar ética, mas apontar Jesus para os homens. Sua apresentação do Messias não fazia referência ao exemplo moral, mas à sua condição de Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Nesta frase foi resumida a maior obra do Cristo: lidar com o problema do pecado que aflige a humanidade.

Para o momento de crise que vivemos, em que o grande clamor é por cura, a figura de um homem vestindo roupa de pele de camelo, perdido em algum deserto no fim do mundo, dois mil anos atrás, pregando e batizando em nome de Deus, parece irrelevante. Seja como for, é melhor não perder a cabeça achando que a mensagem do Evangelho é insuficiente para os problemas do nosso tempo. Na verdade, ela é o princípio e fundamento de uma nova vida, algo que carecemos mais que máscaras e álcool em gel nestes dias de pandemia.

 

Leia também

Deuteronômio 18.15-18; Isaías 40.5; Daniel 9.25; Malaquias 4.5-6; João 1.14; Atos 3.22.

 

Sugestões para Discussão em Grupo

  • Além de conhecer a história de João Batista, temos consciência de tudo que ele representa no grande plano da revelação de Deus?
  • Temos reconhecido que muito acima de todos os ensinos éticos do Evangelho, o que Deus espera de nós vai muito além do cumprimento desses ensinos? Ou seja, o reconhecimento de que arrependimento e fé são expressões de rendição à mensagem da cruz?

 

Sugestão de Oração

“Senhor Deus, agradecemos por entender que João Batista anunciou Jesus e sua mensagem de fé e arrependimento, e isso pode ser aplicado às nossas vidas, ainda mais neste momento difícil em que clamamos por cura. Por entender que somos pecadores, e nos arrependermos disso, pedimos que nossos pecados sejam perdoados. Em nome de Jesus, amém!” 

Revisão 14/04/2021

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