N.35 - A VIDA EM BOA MEDIDA

N.35 - A VIDA EM BOA MEDIDA
 

Texto Bíblico: Lucas 6.37-42
 

Meditação

Faça o que mando, mas não faça o que faço.
Ditado popular sobre a hipocrisia.

Dois pesos e duas medidas: toda espécie de desonestidade é detestável para o SENHOR.
Provérbios 20.10

...e perdoa nossas dívidas, assim como perdoamos os nossos devedores.
JESUS (Mateus 6.12)

“JAMAIS SEREI CAPAZ de perdoar fulano pelo que fez!” Quem nunca ouviu, pensou ou até mesmo vaticinou esse tipo de indisposição mortal contra o próximo? É uma declaração de grave indisposição do coração – não de incapacidade, como é sustentado – apoiada num senso de justiça distorcido, míope, que agiganta a indignação para justificar a inflexibilidade.

Pare e considere:

• Existe algum pecado ou crime que a Cruz não possa perdoar, afinal?
• Há algum criminoso, por pior seja, que jamais poderá ser alcançado pela graça de Deus, arrepender-se de seus pecados e ser justificado pela morte e ressurreição de Jesus na Cruz (ainda que continue a ter que lidar com as consequências de seus erros)?
• Existe, de verdade, qualquer justificativa nesse mundo para que se sonegue generosidade a quem precisa?
• É possível conduzir outros na estrada da retidão enquanto se trilha caminhos imorais, enganosos e corruptos?
• É possível ser verdadeiramente íntegro, diante de Deus e dos homens, ao utilizar-se de dois pesos e duas medidas para lidar com o erro alheio e o próprio erro?

Se você respondeu NÃO à todas as perguntas acima, sabe muito bem qual é a Régua que mede você e que deve, portanto, ser utilizada para “medir” o próximo: a Cruz.

Na prática, funciona assim:

• Não devemos julgar, porque foi Cristo Quem foi julgado em nosso lugar. O Justo na história é Ele. Somente Ele tem o direito à indignação que nega perdão. Apesar disso, Ele continua perdoando pecadores até que se cumpra a última noite no mundo. Isso é simplesmente deslumbrante!
• Devemos perdoar, pois em Cristo, todas, repito, todas as nossas faltas pessoais – passadas, presentes e futuras – foram perdoadas. Devemos nos esforçar para nutrir continuamente a disposição de perdoar na mesma dimensão em que fomos perdoados, pois o cristão que resiste a esse imperativo enfrentará disciplina de Deus. Os verdugos de Deus, ainda que comissionados por um Pai amoroso, não são de brincadeira...
• Devemos ser generosos, pois Seu divino amor já nos tem dado tudo o que necessitamos para viver a vida e a piedade (2Pe 1.3-9). E se mais alguma coisa for necessária, creia, Deus dará conta de suprir e o fará no momento certo!
• Não devemos ser arrogantes, tolos, rebeldes, crendo que poderemos conduzir pessoas à Luz se, de fato, estivermos andando nas trevas. Se Jesus foi obediente – até a morte, lembremos – que tipo de lógica perversa é essa que acredita (e defende!) que pode viver o cristianismo sem santidade, reverencia e obediência a Deus, por meio de malabarismos hermenêuticos sobre Sua vontade revelada na Palavra?
• Não devemos nos ocupar com a falha alheia até que verifiquemos, em nossa vida, a confirmação da integridade que prescrevemos para o próximo (e quando o fizermos, que seja o amor sincero a nos mover, jamais a vaidade). 

Eis aí a vida vivida em boa medida, a medida da Cruz. Quem ousar vive-la testemunhará coisas admiráveis, operando numa frequência que esse mundo não compreende, mas admira e anseia.

Leia também: Pv 19.17; Mt 7.1-5; Rm 14.4; 13; 1Co 4.5; 2Co 9.6-8

Sugestões para Discussão em Grupo

• Quais são os grandes impedimentos para viver a vida em boa medida? Como superá-los?

Sugestão de Oração

Ensina-me a adorar
Mesmo quando há pranto em meu coração
Também a perdoar
Como a mim tens revelado Teu perdão
E que eu possa ter mais sede
de Te conhecer melhor
Cada dia mais vontade de estar ao Teu redor
Escutando Teu falar, sentido Teu amor
Vivendo junto a Ti, Senhor
(ASAPH BORBA – Ensina-me)