N.28 - A LEI NÃO SE ENTENDE COM O PERDÃO

N.28 - A LEI NÃO SE ENTENDE COM O PERDÃO
 

Texto Bíblico: João 7:53 - 8:11

Meditação

Amar o inimigo é talvez a menos popular das virtudes cristãs, porque inclui o odioso dever de perdoar nossos inimigos. Pelo menos é o que afirma C. S. Lewis. Segundo ele, todos dizem que o perdão é uma ideia belíssima até terem algo a perdoar.

Os oponentes de Jesus levaram a Ele uma mulher que fora flagrada em adultério. Respeito e hipocrisia se misturaram na exposição do problema ao Mestre, quase que exigindo dEle uma posição, embora soubessem que a Lei Mosaica prescrevia o apedrejamento, em face de tal pecado.

Jesus não contestou a acusação, e também não argumentou sobre a injustiça da pena, ainda que os judeus, à época, já não impusessem essa sanção com tanto rigor. Mas, por óbvio, o objetivo maior era matar Jesus, não a mulher. A armadilha estava à vista. Se Ele a defendesse, seria tido como alguém que ensinava ao povo a transgressão da lei. Se recomendasse a execução da acusada, iria contra Sua própria reputação de ser gracioso e perdoador. O dilema persiste, o perdão parece incoerente com a justiça, à primeira vista.

A reação de Jesus foi surpreendente, para dizer o mínimo. Não houve discurso, parábola, lição ou reprimenda. Tão somente se inclinou e começou a escrever (ou desenhar) na terra, em claro sinal de humildade. Mas o quê? Uma lista de pecados, os dez mandamentos, uma nova aliança? Tantas especulações sobre o que o Mestre escreveu não fazem com que isso tenha relevância. Certo é que seus críticos insistiram na exigência de uma resposta, de modo que Jesus então disse a eles: “Aquele de vocês que nunca pecou atire a primeira pedra.”

Uma questão processual – já que testemunhas deveriam dar início ao apedrejamento – ou indagação retórica Seja o que for, ficou exposto um vício comum a todos nós – desejo de punir o pecado dos outros, em detrimento da forte inclinação para ignorar os nosso próprios. Os acusadores deixaram Jesus a sós com a mulher, sem que uma pedra sequer fosse atirada.

A pecadora representa a nós todos, passando do pecado, e sua condenação de morte, para a vida, pela Palavra do único que não tinha culpa naquela conversa. Irados ‘defensores da justiça’ não toleram o cancelamento do castigo. São as vozes que gritam contra a graça, raivosamente dizendo que todos têm que pagar pelos seus erros. Sim, todos têm que pagar, até que se arrependam deles e sejam cobertos pela justiça mais elevada do Reino, pela qual o Rei paga o preço do resgate.

Jesus não compactua com o pecado. Ele diz à mulher para se arrepender e mudar de vida, o mesmo que é dito a nós. Em outras palavras, usando expressões que soam bem familiares à nossa comunidade, é como se o Mestre tivesse dito: ‘Bem-vinda à nova vida, é tempo de esperança!’. Somente Ele pode conciliar o objetivo da lei com o perdão, tornando miséria em felicidade eterna.

Leia também
Êxodo 31:18; Levítico 20:10; Deuteronômio 22:22; Lucas 20:20-26; Romanos 5:1; 8:1.


Sugestões para Discussão em Grupo

  • Porque temos dificuldade em lidar com a graça de Jesus, e o perdão de pecados que ela promove?
  • Ainda que hipoteticamente, como trataríamos a questão da mulher que foi levada a Jesus, se estivéssemos com ela naquela ocasião?

Sugestão de Oração

“Senhor, que sejamos convencidos pelo teu Espírito que sem o perdão de pecados, pela graça de Cristo, estaríamos condenados. Que sejamos gratos por tão grande amor demonstrado na cruz! Em nome Dele oramos! Amém!”

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