N.44 - A LUZ QUE REVELA A VIDA

N.44 - A LUZ QUE REVELA A VIDA
 

Texto Bíblico: Lucas 8:16-18

Meditação

Conhecimento gera responsabilidade? Nem sempre. Saber que algo está acontecendo não promove necessariamente responsabilidade ou voluntariedade para algum tipo de engajamento. Vivemos hoje de tal forma que há sempre um sem número de razões que vão à frente dos envolvimentos pessoais com o que realmente importa. Aliás, uma das maiores críticas ao nosso modo de vida em sociedade é a alienação para com a verdade, apesar do acesso a tanta informação.

Ter conhecimento da cura de uma doença implica em responsabilidade de torná-la acessível a todos? A resposta de Jesus é sim. Ele foi enfático ao dizer que se alguém tem a luz da Palavra de Deus deve permitir que ela ilumine os que estão ao redor, ao invés de ocultá-la. E novamente, com uma história, Ele ilustrou a importância de mais essa lição.

Ninguém deveria presumir que, porque Deus havia mantido segredo da verdade em Cristo, assim seria depois de Sua encarnação. Pelo contrário, Ele estava anunciando claramente que o mistério estava desvendado, e que isso deveria divulgado, com o mesmo alcance de uma luz que ilumina bem longe. Nós somos esse brilho. Ele está falando para nós também, e exortando a ouvir cuidadosamente o que está sendo ensinado. Charles Spurgeon, famoso pastor no século 19, chamado de ‘príncipe dos pregadores’, e ainda hoje muito influente, sugeriu algumas maneiras de ouvir a palavra de Deus: com atenção, em obediência, honestamente, com sinceridade, espiritualmente, com sensibilidade, em oração, e com intenção de reter o ensino. Quem ouve pratica, e passividade não combina com Cristo, nem com cristianismo. Há grande perigo em ouvir a Palavra sem praticá-la. Neste caso a prática é anunciar a mensagem da Luz.

Há um pensamento corrente que diz que é melhor falar com a vida do que com palavra. Não há mútua excludência quanto a isso. É preciso falar com palavras, e falar com a vida. De preferência a mesma mensagem.

Depois da parábola, Jesus acrescenta: “ao que tem, mais lhe será dado, mas do que não tem, até o que pensa ter lhe será tomado.” Parece estranho e sem lógica, mas não é. Ouvir a Palavra de Deus, e recebê-la com alegria, implicar em obter mais das riquezas espirituais oferecidas em Cristo. Em termos bem práticos, mais alegria apesar de adversidades, mais disposição para amar, mais preocupação com outros (inclusive quanto ao destino eterno), mais atenção ao que tem valor eterno, dentre outras coisas.

E quanto a perder o que não se tem, também não há dificuldade para entender, há quem pense ter algum ‘capital espiritual’. Dois exemplos claros na Bíblia são os fariseus, e a igreja em Laodiceia, que se julgaram ricos e autossuficientes, mas foram declarados miseráveis, pobres e nus.

Brilha, Jesus!

Leia também: Mateus 5:15; Marcos 4:21; Lucas 11:33; Tiago 2:14-26.

Sugestões para Discussão em Grupo

• Temos vivido com a convicção de que o Evangelho é a cura de Deus para a doença do mundo?

• O que temos feito para ‘distribuir’ esse remédio, ou em outras palavras, quão longe o brilho de nossas vidas tem alcançado?

Sugestão de Oração

“Deus, reaviva nossas convicções sobre a beleza e a efetividade do Evangelho como Tua luz, que brilha para iluminar a escuridão do mundo. Que sejamos esse brilho intenso, comunicando vida! Em nome da Luz do mundo oramos! Amém!”