N.49 - A NOBRE TAREFA

N.49 - A NOBRE TAREFA
 

Texto Bíblico: Lucas 9:1-6

Meditação

“Nunca vi algo ser bem feito, a menos que as pessoas estivessem comprometidas.” Peter Drucker¹ estabeleceu três ‘obrigações’ para uma missão de sucesso, que, resumidamente, são: empenho em fazer a coisa certa, observar as oportunidades, mesmo com poucos recursos, e ‘fé’ (acreditar na missão). 

Jesus enviou seus doze discípulos para um empreendimento que prefigurava o que viria mais tarde, em amplitude maior, como registra o livro de Atos. Até mesmo a rejeição em Nazaré já era uma espécie de ensaio geral para o futuro, e em especial a paixão de Cristo.

Para cumprir a missão eles precisariam observar mais do que as ‘obrigações de Drucker’, deveriam aprender sobre dependência de Deus e seguir as instruções específicas de Jesus.

O Mestre sabia o que era necessário para que a missão fosse bem sucedida, e por isso deu aos doze o que era estritamente necessário – poder e autoridade para agir em nome de Deus. 

Com essas convicções eles poderiam confiar em Deus como único provedor de alimento, proteção, abrigo, e tudo mais que é próprio da existência humana.

Considerando que Satanás também agia através de falso mestres, com milagres que não promoviam libertação, os discípulos estavam aptos a pregar a libertação e ‘distribuir’ os privilégios do Reino de Deus.

Quando rejeitados, à semelhança dos viajantes judeus, que sacudiam a ‘poeira’ de seus pés quando voltam de uma viagem a território gentio, para rejeitar simbolicamente a impureza, assim também deveriam fazer os discípulos em face da incredulidade.

De maneira figurada Jesus estava dizendo que os israelitas que rejeitassem a pregação dos discípulos não eram melhores do que os gentios.

Assim foram os seguidores do Mestre, de dois em dois, para anunciar o Reino, a vinda do Messias, e prover sinais para validar essas divinas autorizações.

Os impedimentos à missão seriam a reação humana à mensagem e seu próprio desejo de se protegerem dos riscos inerentes à tarefa, ensina Carlos Osvaldo Pinto.

Mas havia um propósito pedagógico na missão, que, embora não esteja declarado no texto, fica evidente em outros contextos. As tribulações eram importantes para a compreensão do sofrimento de Cristo, e dos seus discípulos, que se seguiriam à sua morte e ressurreição.

É maravilhoso pensar que a mais nobre de todas as missões, personificada em Cristo, seja compartilhada com pessoas indignas como eu e você. E Ele continua provendo para que a cumpramos, na certeza de que conhece como ninguém o mundo que amou.

Leia também: Mateus 10:10; Atos 13:6-10; 19:1-3

Sugestões para Discussão em Grupo

• Que missão temos recebido de Deus?

• Ela é coerente com o relato de Lucas 9:1-6?

• Nós a temos cumprido?

Sugestão de Oração

“Deus, a autoridade de Cristo está sobre nós, assim como o Espírito! Capacita-nos a cumprirmos a nobre missão. Em nome do Teu Filho pedimos. Amém! ”