N.52 - A IDENTIDADE DA VIDA
Texto Bíblico: Lucas 9.18-20
Meditação
O que devemos pensar a respeito de Jesus Cristo? Esta é uma pergunta que tem, em certo sentido, um lado extremamente cômico. Afinal, a verdadeira pergunta não é o que devemos pensar a respeito de Jesus Cristo, mas o que ele deve pensar a nosso respeito. A imagem de uma mosca tentando chegar a alguma conclusão sobre um elefante apresenta elementos cômicos. Talvez, entretanto, a pergunta se refira a como devemos lidar com Jesus no sentido seguinte: “Como devemos resolver o problema histórico apresentado a nós pelos atos e pelas palavras que ficaram registrados acerca deste Homem?”
C. S. LEWIS.
O que devemos pensar a respeito de Jesus Cristo. IN: Deus no banco dos réus.
QUE NINGUÉM SE ENGANE. Jesus jamais enfrentou qualquer crise de identidade ou guiou suas decisões baseado nos vieses da opinião pública. Sua identidade, postura e trajetória não oscilavam segundo o humor de seus seguidores, suas expectativas, ideologias ou a frequência de likes recebidos das pessoas com as quais interagia. Sua identidade jamais dependeu da autenticação e reconhecimento humanos. Resumindo: Jesus jamais nutriu temor de homens.
Bem... então qual seria a razão da Sua indagação aos discípulos sobre a percepção das pessoas a respeito dEle?
De saída, é preciso considerar que a notoriedade de Jesus estava em franca ascensão e ebulição, naquele momento. Era o início de seu ministério terreno e, portanto, natural que houvesse muita curiosidade sobre Sua Pessoa e propósitos, dada a natureza extraordinária de Seus feitos. Jesus acabara de realizar um milagre tremendo, testemunhado e partilhado por milhares de pessoas, apimentando ainda mais a notoriedade, especulações e inquietações em torno dEle.
Sua pergunta aos discípulos, portanto, tinha caráter didático: visava auxiliá-los a compreender que o Mestre não era mais um entre os grandes homens de Deus, e, sim, Aquele em Quem todas as promessas feitas por Deus, através dos profetas, convergiam. Ele era a própria Promessa.
Jesus sabia que boa parte da multidão que O seguia não se interessava por Sua real identidade e propósitos, apenas pelos benefícios imediatos, temporais, como alimentos, cura física, etc, que Ele podia lhes conceder. Para essas pessoas, Jesus não era o fim, mas o meio. Quando confrontadas por Ele com Sua verdadeira identidade e propósito, invariavelmente se escandalizavam e viravam-Lhe as costas, ainda que tivessem sido alimentadas fisicamente por Ele (cf. Jo 6.25ss).
Com esse relato, Lucas demonstra todo o zelo que os verdadeiros cristãos devem nutrir sobre identidade de Cristo, pois é ela que, por fim, nos define como seres humanos. É ela que permite que compreendamos o sentido, propósito e valor da vida. É nela que nos fartamos de esperança. É nela que encontramos paz. É nela que descobrimos, de fato, quem somos.
Leia também: João 6.68-69
Sugestões para Discussão em Grupo
Sugestão de Oração
Senhor, que o Teu Espírito Santo forme a Tua identidade em mim. Renova, a partir da identificação contigo, meus propósitos, valores, esperança e paz. Em nome de Jesus. Amém.
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