N.87 - FESTA NO CÉU

N.87 - FESTA NO CÉU
 

TEXTO BÍBLICO
Lucas 15.1-7

 

MEDITAÇÃO

Vivemos dias em que falar de festa não atrai muito interesse, e pode até provocar ira, conforme a situação. A despeito disso, ainda somos capazes de entender o que é uma comemoração em grandes proporções. Algo como o que eu imagino que vá acontecer quando a pandemia for vencida, uma celebração memorável em âmbito global.

Mas há uma festança única, até difícil de imaginar, dada sua grandeza. Para entendê-la é preciso primeiramente admitir que a Bíblia não faz sentido se não concordamos com o que ela diz a respeito do nosso maior problema – a alienação de Deus, a tentativa de nos identificarmos apenas em referência a nós mesmos, essa idolatria que o diminui.¹

Assim, é possível descrever a Bíblia toda como uma resposta muito extensa a uma pergunta bastante simples: ‘O que Deus pode fazer a respeito dessa alienação, ou, em outras palavras, do pecado e da rebelião humanos?’.²

No capítulo 15 de Lucas está representada de forma magistral a preocupação de Deus com os que estão alienados e a alegria indizível quando são restaurados pela graça divina. 

Muita gente se irrita com a insistência do Evangelho em dar atenção aos pobres e necessitados, ou ‘gente comum’ – ideia coerente com a mentalidade de hoje, que despreza tudo que não é objeto de idolatria das massas.

Em um conjunto de parábolas Jesus demonstrou que o que realmente importa para Deus é sua busca por quem o desobedeceu.

Um grande estudioso judeu admitiu que esta é a única coisa absolutamente nova que Jesus ensinou aos homens sobre Deus – que Ele realmente procurou os homens.³

Num contexto em que havia muitos pastores, era bem simples a compreensão do que estava sendo ensinado. Um rebanho de cem ovelhas não era incomum para pequenos agricultores, que toda noite contavam uma por uma. Eles perceberiam quando uma se desgarrasse das demais, e ninguém é mais descuidado, tão incapaz de encontrar o caminho de volta para o rebanho quanto uma ovelha. Ela provavelmente balirá para ele e ainda assim correrá na direção oposta.*

Muitos rabinos daquela época criam que Deus recebia o pecador que ia a Ele da maneira certa. Mas na parábola do pastor e das ovelhas, Jesus ensinou que Deus busca ativamente os perdidos.

O contraste entre a condição de perdida e achada é a causa da grande alegria do pastor. Mas há uma distinção também quanto à tristeza que Deus sente por noventa e nove justos, ironicamente falando, que se julgam autossuficientes e meritórios diante dEle, que nunca serão festejados no céu.

 

LEIA TAMBÉM
Lucas 5.29-30; Lucas 19.10; Romanos 5.6; 1 Pedro 2.25


PARA DISCUSSÃO EM GRUPO

  • Como compreendemos a parábola da ovelha perdida?

  • Temos nos alegrado com pessoas que são restauradas de sua condição de alienação para com Deus? Ou fazemos distinções de quem é mais merecedor do favor divino?


SUGESTÃO DE ORAÇÃO
Senhor Deus, que a cada dia eu tenha maior compreensão dos teus movimentos em busca dos pecadores, dos quais eu sou um. Usa-me como Teu instrumento nesses movimentos. Em nome de Jesus, oro. Amém!



¹ CARSON, 2012, pp. 59-60
² WRIGHT, 2014, p. 201
³ Barclay
* Clarke

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