N.92 - O AVISO QUE NÃO PODE SER OUVIDO

N.92 - O AVISO QUE NÃO PODE SER OUVIDO
 

TEXTO BÍBLICO
Lucas 16.19-31

 

MEDITAÇÃO

“As fontes de todos os problemas são três: barra de ouro, barra de terra e barra de saia.”
TANCREDO NEVES

“Desenvolvi uma mente defensiva como um condomínio fechado. Uma mente com guarita, que abate qualquer inimigo na porteira. Novas técnicas, lembranças, ideias, tudo que possa perturbá-la e solapar sua burrice assumida é abatido na entrada.”
LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO¹

“Esperteza, quando é muita, come o dono.”
TANCREDO NEVES

NA HISTÓRIA do rico desconhecido e Lázaro, Jesus continua fazendo alertas severos sobre o perigo fatal que as riquezas podem exercer sobre pessoas que, soberbos, veem-nas como indícios da justiça e aceitação de Deus, fiando-se nos supostos méritos, honra, segurança e dignidade dos recursos materiais.

Era esse o caso do rico desconhecido. Crendo estar no lucro, ignorou todos os alertas em vida, só admitindo o tamanho e as implicações trágicas do seu engano quando já era tarde demais, mergulhado na inevitabilidade incontornável de seu sofrimento eterno. Lázaro, por sua vez, apesar do sofrimento em vida, refugiara-se em Deus (seu nome, uma abreviação de Eleazar, significa “Deus auxilia”) e agora gozava do descanso eterno no seio de Abraão, o que significava estar eternamente em paz com o Deus da Aliança e consolado por Ele.

Com isso Jesus não insinuou que alguém é destinado ao inferno simplesmente por ser ou morrer rico, assim como ninguém tem lugar cativo no céu por ser ou morrer pobre. A eternidade não é movida à base de compensações sociais. É realidade onde a justiça de Deus é experimentada plena, definitiva e imutavelmente, de uma forma ou de outra, por pessoas de todos os estratos sociais e etnias, unicamente pelos méritos de Cristo. Essa história deve ter soado estranha e perturbadora àquela audiência, colocando em xeque todos os pressupostos enganosos da religiosidade centrada no homem.

Além disso, Jesus deixa claro que ninguém, absolutamente ninguém, que já esteja na eternidade, em paz ou não, tem autorização para qualquer tipo de intervenção junto aos “vivos”, seja por qual meio for, direto ou indireto. O aviso que não pode ser ouvido neste mundo seria aquele que de quem já partiu deste mundo, rico ou pobre, esteja no céu ou no inferno. Jesus deixa claro que esse não é o jeito de Deus de fazer as coisas, pois o aparato de alerta sobre o futuro eterno já foi absolutamente providenciado por Ele para todos os que ainda vivem para “cá da morte”.

Esse aparato é Sua Palavra revelada, cujo centro é o próprio Cristo. Ela é suficiente. Cristo é suficiente. Mais que suficiente.

Que homens e mulheres, ricos ou pobres, vivendo “cá da morte”, saiam de seus condomínios mentais, rejeitem a “esperteza” desse mundo, ouçam e rendam-se a Cristo enquanto é tempo e há esperança. Quando a cortina da vida terrena se fechar, lançando a existência para a eternidade, só uma, de duas
sensações, arrebatará os sentidos para todo o sempre: horror diante do Justo Juiz ou deleite sublime junto ao Pai Amoroso. Que seu encontro eterno com o Eterno, quando ocorrer, seja terno.

Quem tem ouvidos, ouça.
Quem tem olhos, enxergue.

 

LEIA TAMBÉM
Is 50.10-11; Ef 4.1; 2 Ts 1.6-10


PARA DISCUSSÃO EM GRUPO

  • Leia 1Ts 1.6-10. O que Paulo afirma nesses versículos? Como esse texto colabora para a compreensão do ensino de Jesus, em Lucas 16.19-31?


SUGESTÃO DE ORAÇÃO
Senhor, há tantas pessoas ignorando teu chamado ao arrependimento, neste mundo... Consideram a vida autossuficiente um tesouro, um bem. Não sentem seu cheiro de morte. Veem-se por demais espertas, capazes de driblar as inquietudes da vida e – loucura! – até mesmo as inquietudes da morte. Ó Deus, não as deixe sem confrontação real com o Verdadeiro Evangelho! Por favor, desperte e opere em mim a instrumentalidade, a agência, fruto do Verdadeiro Evangelho que confronta em amor. Em nome de Jesus. Amém


¹Os Últimos Quartetos de Beethoven e Outros Contos.

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