N.33 - A CONFUSÃO COM O MORTO VIVO

N.33 - A CONFUSÃO COM O MORTO VIVO
 

Texto Bíblico: João 11.1-44

Meditação


“Pergunta-se com frequência hoje se não poderíamos ter um cristianismo despojado – ou, como dizem os questionadores, “livre” – de seus elementos milagrosos, isto é, um cristianismo com os elementos milagrosos suprimidos. Ora, parece-me que justamente a única religião do mundo, ou pelo menos, a única que conheço, com a qual não se poderia fazer isso é o cristianismo [...] pois a história cristã é precisamente a história de um milagre grandioso, sustentando que aquilo que está além de todo o espaço e de todo o tempo, que é incriado e eterno, entrou na natureza, na natureza humana, desceu ao seu próprio universo e, por fim, ressuscitou, trazendo a natureza consigo.”
LEWIS, O milagre grandioso, in: Deus nos bancos dos réus, p.102.


A MORTE E RESSURREIÇÃO DE LÁZARO figura entre os fatos mais espetaculares das Escrituras. Pudera! Além do milagre, em si, o evento combina doses generosas de tristeza, perplexidade, empatia, compaixão, ternura, fé vacilante, autoridade, restauração, alegria, dúvida, crença e descrença. É difícil ficar indiferente ao drama vivido pela família de Betânia.

Ficamos perplexos com a demora proposital de Jesus, já avisado da gravidade do estado de Lázaro; antecipamos a frustração, e porque não dizer, a decepção de Marta e Maria com o “atraso” perturbador do Mestre; silenciamos solidários e contristados ante a dor das irmãs enlutadas, ecoando, muitas vezes, sua fé oscilante ou nossa própria dor; olhamos para Jesus com perguntas; ele nos responde com lágrimas; ficamos atônitos quando Sua tristeza dá lugar à santa ira que encurrala a morte e tomados de pavor quando Ele ordena o impensável; somos envolvidos por terror e maravilhamento quando o impossível ocorre sob Seu comando. Mas, dentre todas as características peculiares dessa passagem, possivelmente a demora intencional de Jesus, sua reação ao encontrar a família e Sua reação aos efeitos da morte são, de longe, os que mais chamem a atenção.

A demora intencional de Jesus visava autenticar Sua messianidade: “essa doença não acabará em morte; é para a glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por meio dela”. Veja, Jesus amava aquela família. Mesmo assim, a morte do querido Lázaro e os corações partidos das irmãs queridas eram elementos necessários para o cumprimento do propósito soberano de evidenciar a glória de Deus em Cristo.

Note, entretanto, que Jesus não fica inerte ao sofrimento: mesmo sabendo que no momento seguinte proporcionará alegria impronunciável à família e à comunidade, ressuscitando Lázaro, Jesus abraça o sofrimento das irmãs e a tristeza do luto. A empatia divina é deslumbrante! Deus não se furta a chorar
conosco, mesmo sabendo que nos encherá de paz, consolo e alegria no minuto seguinte.

Por fim, com a ordem para que Lázaro revivesse, Jesus, cheio de santa ira, proclama que prevalecerá contra a morte e seus efeitos sobre todos nós, que cremos nEle: “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente. Você crê nisso?”. Sim? Fim da confusão.

Leia também
Êxodo 3.14; João 3.16; 36; 4.42; Efésios 5.2; Filipenses 1.21; Colossenses 3.4; 1João 5.1; 5; 10.


Sugestões para Discussão em Grupo

  • Por que achamos, tantas vezes, que Deus se demora para vir em nosso socorro e, quando o faz, dá-nos a impressão de utilizar a estratégia errada?
  • Como as ações de Jesus, no episódio da ressurreição de Lázaro ajudam-nos a corrigir essas percepções erradas sobre as intervenções de Deus?


Sugestão de Oração:
“Querido Deus, Senhor Jesus! Obrigado por ser o Senhor da História, o centro da História e fazer de mim, graciosamente, Teu amigo em Tua História. Amém!”

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