N.112 - DE QUEM O CRISTO É FILHO?

N.112 - DE QUEM O CRISTO É FILHO?
 

TEXTO BÍBLICO
Lucas 20.41-44
 

MEDITAÇÃO

Não tenho procuração para defender os oponentes de Jesus, e nem quero fazê-lo. Mas, convenhamos, olhando pelas perspectivas deles, qualquer um de nós talvez não agiria de forma muito diferente. Quais perspectivas? Primeiramente, a da filiação. Entender alguém que era filho de um carpinteiro conhecido em sua comunidade, mas que dizia ser filho de Deus, era um problema real. Em segundo lugar, pela crença na unicidade de Deus, não podiam admitir que o Eterno tivesse um filho, e muito menos ‘de carne e osso’.  

Ou seja, eles eram zelosos em sua devoção, em geral, ainda que sem conhecimento, e se julgavam no dever de defender Yahweh dos ‘absurdos’ que estavam ouvindo de Jesus, tais como ‘ser o Filho de Deus’.

Depois de tantas investidas, maldosas e raivosas, finalmente os questionadores se calaram e então quem fez a pergunta foi o Mestre. Algo como ‘vocês realmente sabem quem eu sou?’ Claro, não tão simples assim. Segundo a narrativa de Lucas, o questionamento foi baseado nas Escrituras, e o raciocínio não podia ser mais objetivo. Se já sabiam tudo sobre o Messias, como mestres da religião, não havia razão para se preocupar com o que ouviam, e mais, poderiam inclusive explicar a relação do Messias com Davi, segundo as Escrituras.

Os judeus usavam a expressão ‘Filho de Davi’ popularmente para denominar o Messias, porque o viam como um grande Rei que derrotaria todos os inimigos de Israel e traria um novo reino, à semelhança da época de ouro vivida pelo rei poeta.

Em vista disso, Jesus propôs o diálogo pensando também em corrigir a ideia corrente do Messias como um mero rei terreno que faria de Israel o povo mais poderoso da terra. Para o padrão bíblico era muito pouco.

O salmo messiânico (110, o mais citado no Novo Testamento) lembrado por Jesus demonstrava que o Messias tinha que ser Deus, e descendente de Davi. Além disso, Ele viria do céu para reinar na terra.

Mas os líderes de Israel não queriam entrar nesse grande debate na frente da multidão. Temiam perder a disputa, por não conseguirem refutar Jesus, além do risco de verem seu prestígio abalado.

Um teólogo relacionou este episódio com uma inclinação da humanidade tão antiga quanto ela própria, de fazer Deus à imagem e semelhança do ser humano. Tendência comumente associada a projetos de poder terreno mirabolantes.

Mas será que para nós, com informações de dois mil anos de história do cristianismo, com amplos recursos de interpretação da Bíblia, há dificuldade para aceitar Jesus como o Filho de Deus, e Messias?

 

LEIA TAMBÉM
Salmos 110; Mateus 22.41; Marcos 12.35


PARA DISCUSSÃO EM GRUPO

  • Pensamos corretamente sobre Jesus e seus propósitos messiânicos?

  • Os valores propostos por Ele no Sermão do Monte, como uma espécie de ‘constituição’ do Reino, são realidade em nossas vidas?


SUGESTÃO DE ORAÇÃO
Senhor Deus, não permita que nossos corações se afastem da verdade de Cristo, que tornou-se ser humano para demonstrar Teu amor, e afirmar a justiça do Teu Reino Eterno!

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