N.114 - O DESAFIO DE DAR TUDO
TEXTO BÍBLICO
Lucas 21.1-4
MEDITAÇÃO
“Onde estiver seu tesouro, ali estará seu coração.”
JESUS (Mateus 6:21)
Eu não acredito que seja possível estabelecer o que devemos dar em termos quantitativos. Temo que a única regra segura seja de dar mais do que sobra. Em outras palavras, se as nossas despesas com conforto, luxos e diversão são equivalentes ao padrão comum entre os que ganham o mesmo tanto que nós, provavelmente estamos dando muito pouco.
Se as nossas doações não nos causarem aperto ou embaraço, devo dizer que elas são demasiado pequenas [...] Para muitos de nós o grande obstáculo à caridade não está nos luxos da vida ou no desejo por mais dinheiro, mas no medo – medo da insegurança. Precisamos reconhecê-lo muitas vezes como uma tentação.
C. S. LEWIS
ERA UMA VEZ UMA VIÚVA POBRE, de carne e osso.
Ela era uma pessoa real, com problemas reais, perdas reais, dores reais, limitações reais, vivendo em pobreza real, numa sociedade vincada por uma religiosidade meritocrática que, entre tantas coisas, marginalizava e se aproveitava de gente vulnerável como ela.
Mas ela era também uma adoradora real, evidência da oferta sacrificial que comunicava suas prioridades...
Ela foi notada por Jesus. Mais: ela foi elogiada por Ele, ao ponto dEle distingui-la dos demais ofertantes: “Ela deu mais!”. Tal comentário – que seria considerado uma grande grosseria vinda de homens comuns – ganha dimensões graves e absolutamente didáticas, quando proferido por Jesus.
De saída, é preciso entender que, ao elogiá-la, Jesus tem a clara intenção de fazer da viúva um exemplo a ser observado e seguido por todos aqueles que afirmam crer na soberania de Deus.
A oferta integral da viúva – a ênfase não está na quantidade ou até mesmo na proporcionalidade da oferta, em si – revelava o desejo daquela mulher de ser rica para com Deus, buscando, em primeiro lugar, os Seus interesses e os interesses do Seu reino e segurança de Suas ternas provisões, absolutamente confiante em Seus cuidados para com Seus “pequeninos”.
Sua oferta comunicava aquele tipo de segurança que tem poder para implodir a ansiedade. Era uma declaração de fé no caráter Santo de Deus, de que Seus projetos eternos eram absolutamente prioritários e dignos de apoio, atenção, coparticipação e investimento totais, e que, no processo, ela via-se totalmente amparada, sabedora de que jamais seria descartada, abandonada ou traída. Deus e Seu reino valiam o investimento.
Ao dar tudo e não reter nada, a viúva deixou claro quais eram suas prioridades e fonte de segurança. Ela revelou onde estava o seu tesouro e a Fonte de sua firmeza.
É inevitável: a perspectiva que o cristão nutre sobre Deus e Seus interesses sempre impactará sua forma de doar, doar-se e, consequentemente, confiar realmente em Suas provisões.
O desafio, portanto, jamais foi o bolso, mas continua sendo o coração e seus afetos.
É ali, no coração, que cada um deve decidir se Deus será o dono de tudo ou se receberá apenas o que sobra, ainda que aos olhos humanos possa parecer muito.
LEIA TAMBÉM
Pv 4.23; Mt 6.21-34; Fp 4.4-9, 11.
PARA DISCUSSÃO EM GRUPO
SUGESTÃO DE ORAÇÃO
SENHOR, Tu és Santo e digno de toda a adoração, engajamento e priorização que todo o meu ser possa Te oferecer. Minhas omissões existem. Perdoe-me, por favor! Que minha negligência e indiferença sejam contínua e gradativamente substituídas pelo mesmo tipo de convicção e postura da viúva elogiada por Jesus. Ajude-me, por favor!
Em nome de Teu Filho. Amém.
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