N.111 - OS FILHOS DA RESSURREIÇÃO

N.111 - OS FILHOS DA RESSURREIÇÃO
 

TEXTO BÍBLICO
Lucas 20.27-40
 

MEDITAÇÃO

Dizem que os saduceus¹ eram a versão antiga dos teólogos liberais dos nossos dias. Eles eram anti-sobrenaturalistas, aceitavam apenas os livros do Pentateuco como autênticos, e quando conveniente desconsideravam o que estava escrito neles. Não acreditavam em imortalidade, espíritos ou anjos. Pois bem, foi essa turma que apresentou a Jesus um problema hipotético, embora factível, esperando que a resposta comprovasse o absurdo da ideia de ressurreição.

O relato do incidente feito pelo evangelista Lucas tinha em vista especialmente os leitores gregos, para quem a ressurreição era tema de discussão filosófica. Eles criam que mortais mais dignos se tornavam deuses.

O ‘problema’, em poucas linhas: um homem casado faleceu sem deixar filhos, e foi sucedido por seu irmão em sua responsabilidade marital, com base na lei do levirato², mas este também morreu sem deixar descendência. O terceiro irmão cumpriu o mesmo preceito e igualmente faleceu sem deixar herdeiros. Idêntica situação se deu com todos os outros, até o sétimo. Na ressurreição, portanto, de quem a mulher seria esposa? Ainda que as intenções do questionamento não fossem as melhores, Jesus foi didático.

Haverá certamente uma nova ordem, que afetará toda a criação, feita de continuidades e descontinuidades. Mas não é possível medi-la pelos padrões presentes, simplesmente porque não nos foi dito suficientemente para isso, e qualquer um que se atreva a entrar em detalhes sobre ela incorrerá em erros. Temos algumas indicações, como a do homem rico mencionado por Jesus em um de seus relatos sobre a vida após a morte, que tinha conhecimento de seus relacionamentos familiares³. Mas essa não deve ser nossa preocupação. Participar da glória de Deus eternamente será algo muito superior a qualquer necessidade ou prazer humano que possamos definir. Ninguém que lá estiver ficará decepcionado.

Chamando os anjos de filhos da ressurreição, Jesus mostrou a realidade dos seres que servem a Deus. E como base do argumento sobre a vida após a morte usou as Escrituras na qual criam eles. Nela Deus é mencionado como Deus de Abraão, Isaque e Jacó, no tempo presente. Ou seja, aqueles que partiram no Senhor vivem. E as implicações disso é que eles ainda são indivíduos, têm sua pessoalidade mencionada nominalmente, e estão livres de toda a dor experimentada na existência terrena. E mais, não estão perdidos, sob qualquer sentido.

Em tempos tão difíceis, nutrir esperança por um futuro de perfeição não é escapismo, é fé, para adotar um estilo de vida que, pelos méritos de Cristo, tem no presente antecipações da glória eterna. E tudo isso porque somos filhos de Deus, e filhos da ressurreição!

 

LEIA TAMBÉM
Gênesis 38.8; Êxodo 3.6; Deuteronômio 25.5; Salmos 2.7; Atos 7.32, 13.33; 1Coríntios 15; Apocalipse 21.22-23; 22.1-5


PARA DISCUSSÃO EM GRUPO

  • Pensar na vida após a morte nos traz ansiedade ou tranquilidade?

  • Os desafios do momento que vivemos tem produzido em nós maior esperança nas promessas de Cristo sobre o futuro?

  • Como podemos demonstrar de forma prática a razão da esperança que há em nós?


SUGESTÃO DE ORAÇÃO
Senhor Deus, precisamos reconhecer que no momento em que vivemos, o peso de tantos problemas e morte nos causa alguma angústia. Mas por conhecer Tua Palavra, pedimos que nossas esperanças sejam renovadas em Cristo! Amém!

 


¹O nome saduceus era derivado do nome da família sacerdotal de Zadoque. Eram conservadores, aristocráticos, e muito dispostos a cooperar com os romanos, o que lhes garantia privilégios.
² Lei do levirato - Preceito da lei mosaica, segundo o qual o indivíduo era obrigado a contrair matrimônio com a cunhada que enviuvasse, para que assim não houvesse descontinuidade na família e desta não saíssem os bens
³Lucas 16.27-28

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