N.120 - TENTAÇÃO E ORAÇÃO
TEXTO BÍBLICO
Lucas 22.39-46
MEDITAÇÃO
Em seu relato, Lucas demonstra muito interesse pela oração, mostra que ela é a atitude correta do povo de Deus diante dEle. Esse interesse é demonstrado ao registrar as orações de Jesus, 7 desses relatos constam apenas no evangelho de Lucas. A segunda maneira pela qual vemos esse interesse é pelas parábolas que ensinam sobre oração: o amigo à meia-noite (11.5), o juiz injusto (18.10). Também vemos algumas exortações aos discípulos no sentido de orarem e há uma advertência contra o tipo errôneo de oração (20.47).
Agora o autor nos mostra a importância da oração diante da tentação, nos apresenta a oração como uma ferramenta contra as lutas internas da nossa alma.
Mas, antes de entendermos melhor a oração, precisamos compreender as nossas lutas e uma definição melhor de tentação. Existem duas fontes de tentações:
A primeira fonte é quase que inesgotável. Ela não vai deixar de existir, não adianta lutar contra ela diretamente, pois sempre vai voltar. E essa fonte de tentação é o Diabo, nosso “principal” tentador. Ele sempre vai tentar a humanidade, não adianta se iludir com a ideia de que ele vai parar de tentar você na sua primeira vitória contra ele, pois ele não vai desistir até que te derrube.
A segunda fonte é mencionada por Tiago. Sendo esta a mais “importante” e mais difícil a ser vencida. Se você vencer esta tentação, automaticamente vencerá a primeira, vencerá as tentações diabólicas. A segunda tentação é procedente de um coração corrompido pelos desejos que contrariam a palavra de Deus.
O exemplo de oração de Jesus leva à sua oração modelo para aqueles que aguardam o Reino. Sobre esse Padrão, Jesus discorrerá em seu ensino sobre “o pão para a existência”, o “perdão divino” e termina encorajando uma atitude, a atitude de fugir da tentação. O cristão reconhece sua fraqueza reconhecendo a facilidade com que cede diante das tentações do mundo, da carne e do diabo.
Portanto, para que seja liberto de todas elas, a oração eficaz depende da perseverança. O homem, porém, é persistente. Não irá embora, nem deixará seu amigo voltar a dormir. E onde a amizade não pode prevalecer, sua importunação (lit. “falta de envergonhar-se”) ganha a vitória. A lição está clara. Não devemos brincar de orar, mas sim, devemos mostrar persistência quando não recebemos a resposta imediatamente. Isso não quer dizer que Deus não deseje nos atender e precisa ser pressionado para dar uma resposta. O contexto inteiro deixa claro que Ele está ansioso em nos atender. Mas se não quisermos tanto aquilo que estamos pedindo, o suficiente para sermos persistentes, então, na verdade, não fazemos muita questão desse pedido.
A esperança na oração do Reino se baseia na bondade de Deus e em Sua disposição para derramar as bênçãos do Reino. A exigência do Rei por confiança na bondade de Deus por meio da oração é reforçada com exemplo e ilustração (11.1-13). Jesus nos ensina que nossa oração deve começar com adoração, a oração de Jesus começa em Deus e não em nossos problemas. E a sua fidelidade, como um pai bondoso é uma esperança aos nossos corações.
LEIA TAMBÉM
1Co 6:18; 10:14; 1Tm 6:11; 2Tm 2:22
PARA DISCUSSÃO EM GRUPO
SUGESTÃO DE ORAÇÃO
Senhor, nos ensine a orar. Nos ensine a te buscar diante das lutas do nosso coração. Nos perdoe pelas vezes que tentamos vencer o pecado apenas com as nossas forças. Nos ensine a te buscar sinceramente. Obrigado por nos permitir um relacionamento íntimo e pessoal com o Senhor.
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