N.128 - DA MORTE NÃO SE ZOMBA

N.128 - DA MORTE NÃO SE ZOMBA
 

TEXTO BÍBLICO
Lucas 23.33-38
 

MEDITAÇÃO

Nos tempos de Jesus os criminosos condenados eram executados fora dos muros da cidade de Jerusalém, em um local chamado Calvário (cujo significado é ‘lugar da caveira’, assim chamado apenas por Lucas). Nesse ponto nossos pecados foram pagos. Os romanos não inventaram a crucificação, eles deram a ela alguns novos requintes de crueldade.

Tanto o lugar como a forma de execução são expressões históricas e maiúsculas da enfática rejeição ao Filho de Deus. Mas o amor e perdão manifestados para com todos os responsáveis por sua execução são contrastes evidentes do amor de Deus.

Jesus tinha conhecimento do cumprimento profético em cada detalhe de seu sofrimento, e as predições que já haviam sido feitas apontavam para a graça que seria oferecida aos pecadores. Orar por seus algozes, portanto, era coerente com esse propósito. Pouco tempo depois Estevão seguiria o exemplo de Cristo orando por seus perseguidores.

No entanto, a despeito de todas as demonstrações da bondade divina, um outro tipo de violência foi praticado contra Jesus. Pessoas comuns, soldados e governantes, zombaram da aparente impotência de quem havia se declarado rei.

Um estudioso da Bíblia resumiu esse momento significativo da história pela ótica de todos os que o presenciaram. Ele afirmou que Jesus crucificado é a pedra de toque que revela o que é o mundo. O povo olhou indiferente, os governantes, que queriam uma religião sem o Cristo e sem pecados zombaram, um dos criminosos o menosprezou, o pecador consciente orou, o avarento apostou em seu sórdido jogo. E todos foram julgados pela cruz.

Ou seja, Jesus não foi vítima de qualquer dessas circunstâncias. Ao dizer que ninguém tiraria sua vida (cf. João 10.18) ele estava antecipando que todo o seu martírio seria por sua opção, motivado pelo amor.

O apóstolo Paulo reconheceu dizendo que embora Jesus fosse rico, sua graça era conhecida. Por amor ele se fez pobre, para que por meio da sua pobreza nós nos tornássemos ricos.¹

A principal crença cristã é que a morte de Cristo de algum modo acertou nossas contas com Deus e nos deu a possibilidade de começar de novo.² E nós acreditamos, conforme entende Lewis, que a morte de Cristo é o ponto exato da história no qual algo externo a nós, absolutamente inimaginável, se manifestou em nosso mundo.³

Nem crueldade, nem zombaria, foram capazes de impedir que a morte fosse o emblema da vida, porque da morte de Cristo não se zomba.

 

LEIA TAMBÉM
Salmos 22; Mateus 27; João 12.31; Atos 7.60

 

PARA DISCUSSÃO EM GRUPO

  • Aceitamos a obra de Cristo na cruz como definitiva para nossa salvação?

  • Mesmo não compreendendo a lógica da graça, nos sentimos livres das acusações do pecado?


SUGESTÃO DE ORAÇÃO
Senhor Deus, não presenciamos, mas as informações que temos são suficientes para termos ideia de toda violência praticada contra Cristo. Pedimos a direção do Espírito para responder a esse amor demonstrado por nós em atitudes e ações de verdadeiro discipulado. Em nome dEle, o Cristo, oramos! Amém



¹2 Coríntios 2.9
²LEWIS, C. S. Cristianismo puro e simples, p. 71
³LEWIS, C. S. Cristianismo puro e simples, p. 78

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