N.129 - DO LADO CERTO DA CRUZ

N.129 - DO LADO CERTO DA CRUZ
 

TEXTO BÍBLICO
Lucas 23.39-43
 

MEDITAÇÃO

‘Aequa mors est’¹. A verdade universal perenizada em língua morta é confirmada em todos os lugares onde há luto – a morte iguala a todos. Até certo sentido, é verdade, porque há diferenças nessa passagem que não são de ordem material, social, intelectual, circunstancial, mas espiritual.

Embora estejamos todos fadados a ter nossos dias contados, a atitude individual diante do fim, e do Senhor da vida, é diversa. Um episódio emblemático ilustra tal afirmação de modo superlativo na história da humanidade – a crucificação de Jesus Cristo entre dois criminosos. As determinações dos malfeitores naquele momento representam as duas condutas que levam pessoas à condenação ou à salvação eterna.

O primeiro dos culpados crucificados (na sequência da narrativa do texto bíblico) é a personificação da rebeldia insidiosa; ele se junta aos soldados romanos para zombar do Rei Salvador, fragilizado e ferido de morte. Seu sarcasmo é típico de quem nunca se importou com Deus. Sua blasfêmia é tão somente o reflexo de sua incredulidade. Ele encarna a atitude do mundo secular que despreza o sagrado, se agarra a humanismos tolos, refuta todo apelo à humildade, assim como o reconhecimento do Criador Soberano. Mas apesar de sua ignomínia, há um quê de oportunismo em suas ofensas; um anseio por livramento, disfarçado em inconsequente ansiedade, que se presta a um pragmatismo muito semelhante ao dos nossos dias, nos quais gente incrédula de toda estirpe invade cultos dos mais variados naipes, buscando calar suas inquietações, a qualquer preço, com fé na fé em qualquer coisa. Esse é certamente o ‘lado errado’ da cruz.

No meio dos transgressores, o Filho de Deus, cumprindo sua vocação, se apresenta ao mundo como o Salvador perdoador, oferecendo graça (Lucas 19.10), dando testemunho disso até mesmo na agonia de seus últimos suspiros, orando por perdão aos seus algozes, compondo majestoso contraste com o ódio e rejeição contra Ele.

Do outro lado da cruz, o segundo condenado encontra-se na mesma condição do primeiro. Nenhum deles era melhor, mas este, permeado pela graça de Deus, certamente examinando sua vida, reconhecendo seus erros, volta-se humildemente para o Filho do Homem, e admitindo Sua divindade vê a glória de Deus, além do que a mera aparência pode revelar. Pela fé considera sua própria culpa, clama por perdão. Depois de repreender seu companheiro de infortúnio, ele se lança em direção a um futuro de vida eterna. A mesma fé que lhe permitiu reconhecer o Cristo lhe autoriza a desejar o Messias como Rei de um reino sobre o qual, possivelmente, ele ouvira o Mestre ensinar.

O último a procurar Jesus em seu ministério terreno é o arquétipo de todo aquele que entende o propósito de Deus ao enviar seu Filho ao mundo para morrer vicariamente pelos pecados de todos; e se torna o primeiro a receber, instantaneamente, os benefícios do Reino, ouvindo da boca do Salvador a promessa de vida eterna.

Em anos recentes, no National Prayer Breakfast², Darrell Waltrip, um vitorioso piloto de corridas automobilísticas (NASCAR), deu seu testemunho para milhares de pessoas, incluindo Barack Obama, e o Dalai Lama, afirmando que em alguns momentos de sua vida chegou a pensar que era uma pessoa muito boa, mas chegou à conclusão que boas pessoas irão para o inferno sem Cristo. Ele contou que um acidente grave, durante uma competição em Daytona foi o ponto de mudança, quando percebeu que poderia ter morrido naquele dia, sem Cristo. Dentre outras coisas, ele afirmou: ‘Se você não conhece a Jesus como seu Senhor e Salvador, se você não tem uma relação [com Ele], se Ele não é o Mestre de sua vida, se você nunca se chegou a Ele de joelhos e pediu-lhe para perdoar os seus pecados, você é apenas uma pessoa muito boa, mas está indo para o inferno. Pense sobre isso!”

Do lado errado da cruz há um pecador, tentando disfarçar seu medo da morte, em desespero, voltando-se contra Deus e recusando sua salvação. Talvez como Joan Crawford, aclamada atriz americana, que próxima do fim de sua vida teria repreendido uma empregada que orava junto à cama, dizendo: ‘Não ouse pedir para que Deus me ajude!”. 

Do lado certo da cruz há um outro pecador, confesso, disposto a crer em Cristo, como Darrell Waltrip, talvez como Maria Antonieta também, rainha da França, que pouco antes de morrer teria dito “Senhor, perdoa-me!”.

De que lado estamos?

 

LEIA TAMBÉM
Mateus 27.38, 44; Marcos 15.27, 32

 

PARA DISCUSSÃO EM GRUPO

  • As respostas dos criminosos na cruz com Jesus são claras para nós como representativas da aceitação ou rejeição de Cristo pelas pessoas?

  • Além das palavras, estamos do lado certo da cruz?


SUGESTÃO DE ORAÇÃO
Senhor Deus, que tenhamos a mesma atitude do criminoso arrependido na cruz - reconhecer em Cristo a única possibilidade de salvação eterna!



¹Sêneca
²National Prayer Breakfast é um evento anual realizado em Washington, DC, na primeira quinta-feira do mês de Fevereiro de cada ano. É hospedado por membros do Congresso dos Estados Unidos e é organizado em seu nome pela Fundação Fellowship, uma organização centrada em Cristo. Todos os presidentes dos Estados Unidos desde Dwight D. Eisenhower participaram do evento.

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