N.132 - POR QUE OS DISCÍPULOS NÃO SEPULTARAM JESUS?

N.132 - POR QUE OS DISCÍPULOS NÃO SEPULTARAM JESUS?
 

TEXTO BÍBLICO
Lucas 23.53-56
 

MEDITAÇÃO

ATENÇÃO: a pergunta título desta reflexão pode confundir você. Para respondê-la adequadamente, outra pergunta deve ser feita: sobre quais discípulos a pergunta se refere? 

Quando se fala nos discípulos de Jesus é natural associá-los aos Doze e, posteriormente à traição de Judas, aos Onze. Se a pergunta se refere a esse grupo de indivíduos nominalmente chamados por Jesus, nos Evangelhos, a resposta é muito simples, ainda que incômoda: frustração e medo.

Da prisão do Senhor, em diante, esse núcleo imediato de seguidores se dispersou. Pedro ainda resistiu um pouco até que o canto do galo o despertou de suas pretensões heroicas, lançando-o na escuridão da noite e da alma. No Gólgota, apenas João, dentre os Onze, é citado como tendo sido testemunha ocular da crucificação. As demais testemunhas da cruz foram mulheres. Maria, mãe de Jesus, Maria Madalena e Maria, mulher de Clopas (Jo 19.25).

Curiosamente, foram os discípulos homens que debandaram. Suas pretensões heroicas precisavam de balizamento, ainda que fosse doloroso. Necessitavam do movimento amoroso do Senhor reconectando-os com Ele e com a missão de forma precisa. Só então seriam capazes de prosseguir. Já as mulheres, por serem mais movidas por compaixão que heroísmo, por não temerem chorar e demonstrar sua fragilidade, tiveram forças e coragem para permanecer firmes até o fim do triste espetáculo. São os paradoxos do verdadeiro discipulado: é em nossa fraqueza que a força do Senhor se manifesta (2Co 12.10).

Mas Lucas relata que foi José de Arimatéia, aquele homem com caráter aprovado por Deus, que chamou para si a responsabilidade de dar um sepultamento digno a Jesus. José foi tão rápido e eficiente quanto amoroso, reverente e compassivo, protegendo o corpo de Jesus da exposição vergonhosa na cruz. Um cuidado assim só poderia vir de um discípulo amoroso e fiel, ainda que não fosse um dos Onze.

Mas o zelo de José não foi único: foi seguido do cuidado igualmente reverente e amoroso das mulheres que também O seguiam, apoiando Seu ministério de forma excepcional, inclusive com seus bens (Lc 8.3).

O que impressiona é que os evangelhos não omitem as informações sobre essas duas disposições imediatas dos seguidores de Jesus. A honestidade do texto é contundente e tocante: a fraqueza que levou a correr foi perdoada e sarada; a fraqueza que enfrentou o sofrimento, o fez na capacitação sobrenatural do amor de Deus. Em ambos, contudo, sobressaiu a graça para que todos pudessem celebrar a vida do Senhor ressurreto, celebrar o sepulcro vazio, celebrar a vida que venceu a morte, enfrentado a mais terrível de todas as mortes por amor a todos os fracos deste mundo.

 

LEIA TAMBÉM
Jo 19.25; 2Co 12.10; Lc 8.3

 

PARA DISCUSSÃO EM GRUPO

  • Leia 2Co 12.10. Como esse texto desafia você em sua caminhada com Jesus?


SUGESTÃO DE ORAÇÃO
Senhor, grandioso é o Teu Nome.
Tu és Santo e Deus Forte!
Sou fraco, sobretudo quando penso que sou forte. Minha própria força não é confiável! Sobretudo em situações extremas.
Por favor, transforme meu coração e mente para que uma das grandes marcas do meu discipulado seja a fraqueza que evidencia Tua força e grandeza. Em nome de Jesus. Amém.

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