N.43 - NA PRÁTICA O DISCURSO É OUTRO

N.43 - NA PRÁTICA O DISCURSO É OUTRO
 

Texto Bíblico: João 13:36-38

Meditação


Ser coerente consigo mesmo é talvez uma das mais desafiadoras realidades da existência pessoal. Todos nós, com maior frequência do que gostaríamos, agimos de forma paradoxal, fazendo o que contraria nosso discurso.

O apóstolo Pedro é um emblema dessa incoerência. E quem ousa dizer que faria diferente dele, dadas as circunstâncias?

Depois de anunciar de várias formas a chegada dos momentos decisivos de sua missão terrena, Jesus falou abertamente que partiria, embora ninguém tivesse entendido exatamente para onde. Mais do que falar, Ele deu instruções bastante completas sobre como seus discípulos deveriam proceder em sua ausência. A cerimônia do lava-pés foi uma aula prática do que seria esperado dos verdadeiros seguidores de Cristo quando isso acontecesse. Mas era natural que o anúncio causasse muita inquietação entre os doze.

O impetuoso Pedro não tardou em declarar enfaticamente seu compromisso e amor por Jesus, propondo-se inclusive a morrer com Ele. O discurso, no entanto, subestimou as dificuldades da prática. As fraquezas pessoais, diante das implicações da cruz, foram subestimadas grosseiramente. Naquele momento Pedro não poderia seguir Jesus até a morte, embora talvez estivesse realmente disposto a dar sua vida em favor do Mestre.

Ou seja, falar é fácil. Ainda mais depois de uma boa refeição, em um ambiente seguro, de devoção baseada na emoção. No calor da agitação após a prisão de Jesus, o discípulo que não queria ser visto como covarde tornou-se um traidor, e negou a Cristo três vezes. Não é difícil compreender o que ocorreu. Cristo deveria primeiro morrer por Pedro, para que Pedro pudesse morrer por Cristo.

Jesus conhece nossas debilidades. Ele morreu por elas também. Mais do que ninguém Ele sabe quando falamos da boca para fora. Um teólogo afirmou que em última análise nossa escolha é entre servir e interesse próprio. E cada vez que o interesse próprio é escolhido, Jesus é negado. Sempre que o sacrifício na cruz é ignorado, Jesus é negado. Quando nosso desejo de glória se sobrepõe à glória da
obra redentiva, Jesus é negado.

Admitir que Cristo morreu por nossos pecados primeiramente restabelece a ordem correta das coisas, e o discurso torna-se coerente com a prática. O apóstolo Pedro, pregando após a ressurreição, acusou o povo de haver negado a Cristo. Falando à igreja primitiva em sua segunda carta ele disse que alguns homens perigosos negavam o Senhor. A lição foi aprendida, o discurso ficou afinado com a prática, e ao final de sua vida, diz a tradição, ele foi crucificado de cabeça para baixo, por se recusar a morrer como Cristo, considerando-se indigno para tanto.

Que tenhamos sensibilidade para perceber nossos discursos incoerentes com nossa prática e testemunho da Palavra!

Leia também
Mateus 26:34; Marcos 14:30; Lucas 22:34; Atos 3:14; 2 Pedro 2:1


Sugestões para Discussão em Grupo

  • Somos capazes de identificar os discursos que fazemos que são incoerentes com a nossa prática da Palavra de Deus?
  • Podemos identificar quais são as razões do coração que nos levam a negar a Jesus com essas incoerências?


Sugestão de Oração

“Senhor Deus, pedimos perdão por nossas fraquezas, que por vezes nos levam a negar Jesus em palavras e ações. Ajuda-nos a termos coerência entre o que falamos e o que fazemos. Oramos em nome daquele mostrou Sua fidelidade na cruz! Amém”

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